18 dezembro 2013

2014 irá marcar o início da retoma do setor imobiliário


Aproximando-se o final do ano, surge a oportunidade para fazer o balanço do desempenho do imobiliário comercial em 2013.
O ano foi marcado pela perspetiva de retoma económica, mas observou-se que a generalidade do setor empresarial, bem como a população portuguesa, manteve, ao longo de 2013, uma difícil situação financeira que se refletiu em todos os segmentos do imobiliário comercial.

O mercado de arrendamento de escritórios de Lisboa deverá atingir, este ano, o mais baixo nível de ocupação desde que é feito o apuramento desta informação, com um total de absorção bruta que não se prevê que ultrapasse os 75 mil m2. O número de negócios é aproximadamente o mesmo que no ano anterior; contudo, foram ocupados muito menos áreas de grande dimensão.

O comércio tradicional foi fortemente afetado com a crise e continuámos a observar o encerramento de diversos estabelecimentos comerciais ao longo de 2013. Em contrapartida, temos assistido à abertura de novas lojas e conceitos, nomeadamente ligados ao setor da restauração, fruto de uma nova geração de empreendedores.

Os centros comerciais continuaram a sofrer do decréscimo do poder de compra dos portugueses e da saturação da oferta concorrencial evidenciada com a crise, uma situação que se tem espelhado em diversos centros comerciais com muitas lojas devolutas. Tem-se observado um esforço por parte de alguns centros comerciais na alteração do "tenant-mix", mais adaptado à bolsa dos portugueses, com o aumento da oferta de operadores de insígnias low-cost e a experimentação de novos conceitos, através da abertura de lojas pop-up (temporárias).

Nos eixos prime de comércio de rua da cidade manteve-se uma forte procura com a abertura de 18 novas lojas na Avenida da Liberdade e na Rua Garrett.

O setor de armazéns e logística da Grande Lisboa deverá registar em 2013 uma absorção bruta ligeiramente superior ao ano passado ultrapassando os 130 mil m2. Verificaram-se neste período alguns negócios que refletem o crescimento.

Por Cristina Arouca, Associate director na CBRE
Fonte: OJE

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