19 dezembro 2013

Arrendar é cada vez mais difícil para os proprietários


O aumento da imigração, a saída dos estrangeiros de Portugal, baixa natalidade e a crise económica estão a tornar o arrendamento cada vez mais difícil para os proprietários portugueses.

As associações de proprietários afirmam que é cada vez mais difícil arrendar uma casa, apesar das expectativas para o mercado, que está, no fundo, «parado».

A saída de estrangeiros de Portugal levou a que passasse a haver várias casas vazias, nomeadamente na periferia das grandes cidades. A Associação Nacional de Proprietários teme, inclusive, que o futuro tenha ainda mais casas vazias, dado o fraco número de nascimentos em Portugal.

O presidente da associação, António Frias Marques, comentou à TSF que «é preciso pensar se não vamos ter de demolir muitas habitações». De acordo com o responsável, muitos proprietários estão «desesperados» pois têm IMI para pagar mas as casas continuam vazias.

Também a Associação Lisbonense de Proprietários acredita que há cada vez mais habitações vazias e mais associados a queixar-se da dificuldade no arrendamento, acrescendo o fator de que o IMI pode triplicar em alguns casos.

O presidente da associação, Menezes Leitão, acredita que esta tendência se deverá agravar no futuro. António Frias Marques acrescenta que «o problema é que não há pessoas para comprar os milhares de casas vazias que existem».

Perante este cenário pessimista, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) comenta, no entanto, que o mercado não é todo igual, e que enquanto que esta fraca procura se verifica mais na periferia dos grandes centros, o arrendamento corre muito bem em Lisboa e no Porto.

Por outro lado, Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, comenta que existem casas em excesso, e vários edifícios tão degradados que não se encontram em condições de ser habitados.

De acordo com o último recenseamento feito em 2011, o número de casas vazias em Portugal ultrapassava os 700.000. Os proprietários afirmam que este número terá aumentado entretanto, dado os fatores acima apontados.

Este relatório mostrou que Penela, no distrito de Coimbra, é o concelho com mais casas vazias, cerca de 31% do total. Por outro lado, a Moita é o concelho da AML com mais casas vazias, com 16%, muitas delas novas e nunca habitadas, de acordo com Rui Garcia, presidente da autarquia, que explicou à TSF que «construiu-se em excesso».

Fonte: VI

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