De acordo com os resultados do segundo trimestre de 2014 divulgados pelo Grupo CBRE, houve um forte crescimento das receitas e dos lucros.
As receitas do trimestre totalizaram 2,1 mil milhões de dólares, um aumento de 22% face a 1,7 mil milhões de dólares no segundo trimestre de 2013. Excluindo custos não recorrentes, o lucro líquido subiu 17%, para 118,7 milhões de dólares, comparativamente a 101,8 milhões de dólares no segundo trimestre de 2013, enquanto os lucros ajustados por ação aumentaram 16%, para 0,36 dólares, face a 0.31 dólares no período homólogo do ano anterior.
No segundo trimestre, os custos não recorrentes (líquidos de impostos sobre o rendimento) totalizaram 13,2 milhões de dólares, face a 31,9 milhões de dólares no período homólogo de 2013.O lucro líquido aumentou 51%, para 105,5 milhões de dólares, face a 69,9 milhões de dólares no segundo trimestre de 2013. Os lucros por ação subiram 52%, para 0,32 dólares, por comparação a 0,21 dólares no segundo trimestre do ano passado.
Excluindo custos não recorrentes, o EBITDA aumentou 8%, para 262,8 milhões de dólares, por comparação a 243,1 milhões de dólares no segundo trimestre de 2013. O EBITDA (incluindo custos não recorrentes) do segundo trimestre de 2014 também subiu 8%, para 260,2 milhões de dólares, face a 240,5 milhões de dólares no período homólogo do ano anterior. Tal como se esperava, o EBITDA foi afetado pela menor atividade de concessão de empréstimos hipotecários junto das Empresas Apoiadas pelo Governo (GSEs) dos Estados Unidos e pelo calendário das vendas de projetos.
Segundo Francisco Horta e Costa, Diretor Geral da CBRE em Portugal, “A CBRE foi extremamente ativa durante o primeiro semestre do ano em Portugal, especialmente no mercado de investimento, onde completámos a maior transação de de escritórios da última década no centro de Lisboa (Central Business District) com a venda de 4 edifícios, em representação do Fundo de Pensões da EDP, à Global Asset Capital, uma firma de investimento global sedeada nos Estados Unidos.”
“Temos assistido ao aumento do interesse de investidores europeus e asiáticos em oportunidades de investimento e promoção, uma vez que a confiança no mercado português aumentou nos últimos seis meses”, acrescenta Francisco Horta e Costa.
Relatório de Gestão
“O nosso forte desempenho em 2014 continuou no segundo trimestre”, afirmou Bob Sulentic, Presidente e CEO da CBRE. “O crescimento significativo da nossa área de arrendamento foi particularmente notório, especialmente nos Estados Unidos, onde os mercados estão a melhorar e nós continuamos a gerar ganhos de quota de mercado. Estamos igualmente satisfeitos com o crescimento excecionalmente forte do nosso negócio de outsourcing para ocupantes, antes mesmo da aquisição da Norland, que trouxe uma vantagem natural. O nosso desempenho global esteve em consonância com a previsão do negócio e reflete o nosso sucesso de crescimento, continuando a realizar investimentos que irão reforçar o serviço ao cliente, apoiar os nossos profissionais e sustentar o nosso desempenho de longo prazo”.
A região da Europa, Médio Oriente & África (EMEA) continuou a mostrar melhores resultados em consonância com a melhoria das condições macroeconómicas e do clima de confiança. As receitas da região EMEA aumentaram 89% (82% em moeda local), com subidas significativas na venda de imóveis e outsourcing para ocupantes, aliadas aos fortes contributos da Norland Managed Services Ltd, com sede no Reino Unido, adquirida pela CBRE no final de dezembro de 2013. Excluindo os contributos da Norland, líder de mercado em serviços de engenharia técnica em edifícios, as receitas globais da região EMEA subiram 16% (9% em moeda local).
Na região das Américas, o maior segmento de negócio da CBRE, durante este trimestre as receitas subiram 11% (12% em moeda local), acompanhadas por um crescimento de 18% (19% em moeda local) nos negócios de arrendamento e outsourcing para ocupantes. As receitas da região Ásia-Pacífico subiram 9% em moeda local, com considerável crescimento na Austrália. Contudo, a conversão de moeda estrangeira reduziu esta taxa de crescimento para 3% em dólares americanos.
Entre as linhas de negócio, as receitas de arrendamento imobiliário aumentaram 14% – o quarto trimestre consecutivo de subidas na ordem dos dois dígitos – acompanhadas pelos ganhos de quota de mercado nos Estados Unidos. A região Ásia-Pacífico também registou um sólido crescimento das receitas em moeda local.
O negócio de outsourcing para ocupantes da CBRE, o departamento de Global Corporate Services (GCS), continuou a registar um sólido crescimento. A nível global, as receitas de GCS aumentaram 58%, refletindo um crescimento orgânico de 17%, complementado por fortes contributos da aquisição da Norland. A CBRE continua a capitalizar as preferências dos ocupantes de grande dimensão por soluções imobiliárias integradas e com serviços globais e assinou 47 contratos de outsourcing durante o segundo trimestre e 110 contratos durante o primeiro semestre do ano. O total de contratos celebrados foi particularmente forte no setor dos cuidados de saúde dos Estados Unidos, na região EMEA e Ásia-Pacífico.
O negócio de Gestão de Fundos de Investimento também teve um bom desempenho. As receitas do trimestre subiram 10% (7% em moeda local). Esta subida foi estimulada por níveis mais elevados de alienações e comissões de incentivo e juros associados e é particularmente assinalável no seguimento da venda de ativos no valor de 10 mil milhões de dólares e da saída de um REIT (Fundo de Investimento Imobiliário) privado em 2013. O track record desta linha de negócio continua a atrair novos investidores, com a captação de capitais desde o início do ano até à data a prosseguir a um ritmo significativamente superior ao do ano anterior. Os Ativos sob Gestão aumentaram para 92,8 mil milhões de dólares, uma subida de 4,6 mil milhões face ao segundo trimestre de 2013.
As receitas globais de venda de imóveis subiram 5% (6% em moeda local) durante o trimestre. A região EMEA assumiu a liderança com um aumento de 22% (14% em moeda local), com a atividade de investimento a melhorar na maioria dos mercados e tipos de imóveis na Europa Continental e Irlanda. As receitas de venda de imóveis da região Ásia-Pacífico não sofreram alterações em dólares americanos, mas aumentaram 6% em moeda local, lideradas pela Austrália. As receitas de venda de imóveis das Américas aumentaram 3% (4% em moeda local). Na região das Américas, os Estados Unidos verificaram um primeiro semestre desigual, com um crescimento de 38% durante o primeiro trimestre e de 2% no segundo trimestre. Nos Estados Unidos, o segundo trimestre teve uma comparação particularmente difícil, dado que as receitas de venda de imóveis no segundo trimestre de 2013 tinham subido 37%, face ao segundo trimestre de 2012.
A alteração na composição das diferentes linhas de negócio da empresa registou um nível mais elevado das receitas oriundas de contratos. Com o acréscimo da Norland, as receitas contratuais subiram para 53% das receitas totais, face a 47% no segundo trimestre de 2013. O aumento das receitas contratuais, aliada à gestão financeira conservadora, levaram a Standard & Poor’s a subir o rating da dívida garantida da CBRE para a Categoria de Investimento durante este trimestre.
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