O contrato entre as duas empresas ficou fechado esta semana e foi desenvolvido em tempo recorde, mais precisamente seis meses, num ambiente de forte concorrência.
De acordo com uma fonte próxima do processo, a comercialização começou a ser divulgada junto dos investidores apenas em julho, mas nem a “demissão irrevogável” de Paulo Portas, nesse mês, e a crise política que daí surgiu abalou o negócio.
Na altura, houve 20 empresas a mostrar interesse pelo edifício, que depois passaram a seis propostas finais, oriundas da Alemanha, Suíça, Brasil e Portugal. Estas foram fechadas apenas em outubro e só a partir daí começaram as negociações, tendo sido o valor que mais pesou na escolha da GLL.
A contribuir para este sucesso está o facto de o imóvel estar na Avenida da Liberdade, ter uma loja arrendada a uma marca de luxo internacional e ter os escritórios praticamente ocupados com contratos de longo prazo e rendas de topo, ou seja, as mais caras da cidade. Aliás, todo o processo de desenvolvimento do Liberdade 108 foi rápido, já que o prédio foi comprado pelo GES em dezembro de 2012 e até outubro de 2013 ele foi totalmente reabilitado e arrendado.
Segundo fontes do mercado, esta venda mostra ainda um franco dinamismo do segmento de investimento imobiliário em Portugal, que já vinha a registar-se em 2013. Dados da consultora imobiliária Cushman & Wakefield, “as estimativas provisórias para o volume de investimento em ativos de imobiliário em Portugal apontam para um total de 289 milhões, quase o triplo do volume registado em 2012, e 60% acima dos 167 milhões de euros transacionados em 2011”.
Fonte: Dinheiro Vivo
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