01 fevereiro 2014

Aguirre Newman fatura cinco milhões em 2013


Aguirre Newman fatura cinco milhões em 2013
A consultora imobiliária Aguirre Newman obteve uma faturação de cinco milhões de euros em 2013, mais 75% que em 2012. Segundo o director-geral, Paulo Silva, o ano passado foi mesmo “extraordinário” e para 2014/2015 devem regressar aos valores máximos de 2008. 
A sócia gestora da Aguirre Newman, Patrícia de Melo e Liz, acredita que já se pode falar numa “retoma” e que o País está com “mais pujança para sair da crise". 

A atestar esta afirmação estão os negócios da própria consultora. Com efeito, como declarou, a Aguire Newman está a “caminhar para os resultados de 2008 que foram de 6,5 milhões de euros e arrancámos este ano com mais potenciais negócios que em 2013 o que significa que devemos fechar 2014 a crescer uns 15% a 20%".

O cenário de crescimento verificou-se em todos os segmentos de negócio em que a consultora esteve envolvida, dando um claro destaque ao investimento, gestão de imóveis, consultoria e arquitectura. Este último departamento merece um destaque já que se encontra em crescimento e com uma carteira recheada de clientes públicos e privados. A única excepção foi o segmento de escritórios, já que em 2013 não se verificaram quaisquer operações no mercado.

Na análise ao mercado nacional, a Aguirre Newman avançou que em 2013 foram investidos 597 milhões de euros no nosso País, ou seja, mais 118% do que em 2012. Sendo que o investimento estrangeiro representou 18% do total transacionado em 2013, contra os 82% transaccionados por investidores nacionais. Estes valores vêm confirmar a inversão da tendência iniciada no ano de 2007 onde o volume de investimento suplantava o nacional. A este nível a consultora salientou ainda a performance dos Fundos de Investimento Imobiliários (FII), nomeadamente os Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional (FIIAH) que obtiveram 203 milhões de euros.

No segmento de hotelaria fica o registo da abertura de 10 novas unidades hoteleiras em Lisboa em 2014, perfazendo um total de 1.000 novos quartos. Aliás, a capital apresenta no período de 1993 a 2010 "um crescimento interessante", com uma taxa anual de crescimento do número de hotéis na ordem dos 4,4%.

Um outro segmento destacado por esta consultora foi o de centros comerciais que, na sua opinião, está a “reinventar-se". A crise e a quebra nas vendas obrigaram os lojistas a repensar a sua estratégia e posicionamento no mercado nacional, assim como se assistiu a um contínuo cancelamento e adiamento de alguns projectos de centros comerciais no nosso País. Aliás, nos últimos dois anos não se assistiu à abertura de novos shoppings, apenas a expansões e remodelações. Ainda assim, para 2014 está prevista a abertura do Alegro Setúbal.

Como novidade foi avançado que surgiu uma nova tendência nos centros comerciais que, ao que parece, veio para ficar: as lojas temporárias ou as pop-up stores. Tratam-se de lojas que servem, do lado dos logistas, para testar um produto ou promover um produto num determinado período (como foi o caso do Natal), e do lado dos proprietários, como forma de rendibilizar os espaços do centro comercial e aumentar a sua fonte de receitas.

A este propósito, Paulo Silva avança que existem ainda outras duas tendências ao nível dos centros comerciais. Uma delas prende-se com o aumento da área ligada aos serviços nos centros comerciais, nomeadamente clínicas ou lojas do cidadão; e a outra com lojas que conseguem atrair clientes em massa, como é o caso da Primark ou da Fnac. Neste último modelo, Paulo Silva esclarece que, embora este tipo de lojas “não pague rendas fixas”, acaba por ser “o tipo de loja que os proprietários não se importam de ter nos centros”. E facilmente se percebe porquê…

Fonte: Magazine Imobiliário

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.