Concluído mais um ano, o desempenho do mercado de escritórios em Lisboa apresenta um novo mínimo histórico no que diz respeito ao número de metros quadrados absorvidos. Colocam-se assim várias questões, entre as quais se impõe a pergunta o que fazer aos edifícios mais antigos que com o passar do tempo ficaram desactualizados fase às evoluções tecnológicas e à sua adaptação às necessidades das empresas? Edifícios esses onde o custo para a sua modernização é elevado e sem garantias de uma colocação imediata obtendo assim o retorno desejado, muitos são os que permanecem devolutos há mais de 3 anos e que, devido à oferta existente, dificilmente voltarão a ter lugar no mercado de escritórios.
Analisando as diferentes Zonas que compõem o mercado de escritórios em Lisboa, com destaque para a designada Zona 2, mais particularmente as Avenidas Novas, assim como a zona 4 à Baixa/Chiado, verificamos que esta questão se torna mais evidente, pois na soma das duas existem cerca de 150.000m² de escritórios devolutos.
No entanto, com o crescimento de outros segmentos deste mercado, encontram-se soluções para a colocação de parte destes edifícios, dando-lhes outro uso, como é o caso da Hotelaria.
Na zona da Baixa/Chiado, colocámos dois edifícios para a Hotelaria. Entre o Marquês de Pombal e as Avenidas Novas, foram três os edifícios que colocámos com mudança de uso, desta vez para a habitação, ainda nesta zona outro edifício de escritórios passou a ser um centro de geriatria. Há que fazer uma análise cuidada, validar o potencial dos edifícios e as tendências de mercado, para então definir a melhor estratégia.
A destacar também, que dos 7 edifícios que foram dados como concluídos em 2013 para o mercado de escritórios, 5 foram reabilitação e 2 construção nova. Seja qual o seu destino, é gratificante assistir à reabilitação da cidade, tornando o mercado mais dinâmico e competitivo.
Por Eduardo Fonseca, Diretor do Departamento de Escritórios da Aguirre Newman
Fonte: Público
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