15 fevereiro 2014

Cascais tem prevista nova urbanização de mais de 930 fogos


Já foi aprovada uma nova urbanização de mais de 930 fogos em Cascais, junto à praia de Carcavelos, que terá ainda componente de comércio, serviços e um novo hotel, num investimento privado de mais de 270 milhões de euros. 

A aprovação do projeto está a ser alvo de polémica por parte dos cidadãos do concelho de cascais, que, de acordo com o Sol, admitem avançar para tribunal para para o projeto, previsto no novo Plano de Pormenor Espaço de Restruturação Urbanística de Carcavelos Sul, em discussão pública na Câmara de Cascais. 



Se avançar, serão construídos 939 fogos junto à marginal, correspondentes a 140.821m2 para habitação, acrescidos de 30.000m2 para comércio, 40.000m2 para serviços e 10.000m2 para um hotel, o que deverá implicar o fim do espaço verde agora aí presente, que os cidadãos da Plataforma de Cidadania Cascais contestam: «cremos ser de lamentar que os termos deste Plano de Pormenor se pautem por replicar, naquela que é a única mancha verde digna desse nome em toda a extensão da Marginal no concelho de Cascais, um modelo de intervenção urbanístico digno dos anos 60-70». 

Recordam, também, que há vários espaços circundantes que estão vazios, que poderiam ser aproveitados para o projeto em vez da mancha verde. 

Levantam ainda a questão dos lugares de estacionamento previstos: «parecem-nos excessivos os 7.000 lugares do PPERUCS (quantos serão em subsolo?), mais os 1.000 lugares para a ‘School of Business and Economics’ da Universidade Nova (350 lugares em subsolo)». 

Questionam ainda a necessidade de mais oferta hoteleira, bem como o perigo de erguer uma construção tão grande tão perto da praia de Carcavelos, nomeadamente dado a previsível subida do nível médio das águas do mar. Afirmam não poder «aceitar que o PPERUCS seja apresentado como um Plano que tem preocupações ambientais e de sustentabilidade». 

No entanto, em esclarecimentos ao Sol, o gabinete de imprensa da Câmara de Cascais esclarece que, além da Agência Portuguesa do Ambiente, pronunciaram-se outras 22 entidades sobre o projeto, incluindo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. 

«É um investimento privado a concretizar nos próximos 20 anos. A Câmara não investe um cêntimo». A mesma fonte adianta, ainda, que este é um dos mais complexos dossiers na gestão municipal, e que já existe desde 1961, tendo tido várias propostas e versões entretanto, nomeadamente em 1985, altura em que foi celebrada a escritura pública do contrato de urbanização entre a Câmara de Cascais e a proprietária dos terrenos na altura, salientando ainda que já foi diminuída a área habitacional ao longo dos anos. 

Fonte: VI

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