28 fevereiro 2014

Habitação começa a valorizar novamente


Em 2013 verificou-se um ligeiro aumento no valor médio da avaliação bancária, ao nível residencial, o que significa que as casas estão novamente a valorizar.

Um dos efeitos da crise tem sido a desvalorização dos imóveis nos últimos anos. Antes comprava-se uma casa por 150 mil euros, o banco avaliava por esse valor ou mais, mas hoje, se for pedida um reavaliação ou se a mesma habitação for colocada à venda, dificilmente se consegue esse valor, com algumas excepções.

Tem sido constante a descida do valor da habitação em Portugal e os bancos começaram também a avaliar muito abaixo dos valores dá das últimas décadas. Contudo, em 2013 registou-se uma subida gradual nas avaliações das casas. De acordo com o Market Outlook de Fevereiro de 2014 - do Gabinete de Estudos da APEMIP - Associação dos Profissionais e das Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal -, em Maio de 2013 o valor médio da avaliação bancária a nível residencial era de 996 euros/m2; entre Junho e Setembro fixou-se nos 1.014 euros/m2; e em Outubro já chegava aos 1.019 euros/m2. Uma ligeira subida que é um indicativo da recuperação e valorização das habitações.

Lisboa e Algarve com valores médios mais elevados

As regiões de Lisboa e do Algarve são as que apresentaram os valores médios mais elevados: 1.229 euros/m2 e 1.298 euros/m2, respectivamente. Seguiram-se as regiões da Madeira (1.218) e Açores (1.014). As regiões do Alentejo (906 euros/m2), Norte (874) e Centro (849) foram as que registaram as avaliações mais baixas.

Também o valor médio dos novos créditos concedidos para habitação subiu ligeiramente. Em Maio foi de 69.555 euros, em Julho já estava nos 75.487 euros, em Setembro subiu para os 77.561 euros e só em Outubro é que estabilizou novamente, fixando-se nos 76.179 euros. Estes números demonstram que as casas começam aos poucos a valorizar.

A prestação média nos novos créditos à habitação também sofreu uma subida ligeira, passando de 296 euros em Maio de 2013 para 322 em Outubro. Já o spread médio manteve-se quase inalterado durante o período em análise, com ligeiras subidas e descidas ao longo dos meses, sendo que em Maio era de 2,88% e em Setembro de 2,80%. O mesmo se verifica nas taxas de juro médias dos empréstimos concedidos, que passaram de 3,20% Abril para 3,14% em Setembro.

Volume de créditos global com grandes oscilações

Quanto ao crédito à habitação concedido em volume, o valor andou também pelos mesmos montantes, com subidas e descidas ao longo dos meses. Em Abril foi de 165 milhões de euros, em Junho de 158 milhões, em Julho de 185 milhões e em Setembro regressou aos 165 milhões de euros.

O último trimestre do ano foi também marcado por uma recuperação do mercado imobiliário no que diz respeito às transacções. Ainda são ligeiras subidas, mas conseguem transmitir já alguma confiança ao mercado.

Fonte: SOL / Gabinete de Estudos da APEMIP

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