Considerada uma das melhores cidades para investimento estrangeiro e com rendas de escritórios entre as mais competitivas da Europa, Lisboa continua a piscar o olho às multinacionais interessadas, que vêm na redução dos custos de ocupação uma vantagem acrescida para se instalarem por cá.
Lisboa continua apostada em tornar-se uma referência no que toca à atração e captação de instalações e centros de serviços de empresas multinacionais que, entre outras vantagens, encontram aqui uma boa oportunidade para reduzir os custos de ocupação com as suas instalações.
Uma oportunidade especialmente importante para o setor imobiliário, dado o contributo que pode ter enquanto impulsionadora da atividade de absorção de escritórios em Lisboa no médio prazo, a qual recuou para mínimos históricos no ano passado. Basta pensar que a dimensão média das operações para a instalação de centros de serviços de grandes empresas é geralmente bem superior à área média da maioria das operações de arrendamento de escritórios fechadas na cidade nos últimos meses.
É o caso, por exemplo, da Sub Sea, uma empresa de origem norueguesa que há alguns meses instalou um escritório na zona do Parque das Nações, com cerca de 2.000 m² e que está a contratar 300 engenheiros para desenvolver projeto em África e no Brasil. Este foi um dos exemplos citados por Rui Coelho, que dirige a Invest Lisboa, uma agência municipal que está focada na promoção de Lisboa enquanto centro de captação de investimento.
A agência lidera também a promoção do projeto “Startup Lisboa” que, como explica o responsável, “deu origem à transformação de Lisboa numa Startup City emergente”, criando as condições para que cresça todo “um ecossistema empreendedor” na cidade, com a proliferação de outros modelos alternativos ao “escritório tradicional” especialmente dirigidos a empresas e empresários em fase de lançamento e a profissionais liberais.
Custa quase dez vezes menos instalar um escritório prime em Lisboa
Pelas contas da CBRE, num estudo semestral que analisa a ocupação em escritórios prime em 126 mercados a nível mundial, o aumento dos custos de ocupação foi uma realidade ao longo do ano transato, em linha com a recuperação económica global. No fi nal do terceiro trimestre de 2013, os custos suportados pelas empresas para ter um escritório prime tinham aumentado globalmente 2,2% em relação a igual período de 2002.
Pelas contas da CBRE, num estudo semestral que analisa a ocupação em escritórios prime em 126 mercados a nível mundial, o aumento dos custos de ocupação foi uma realidade ao longo do ano transato, em linha com a recuperação económica global. No fi nal do terceiro trimestre de 2013, os custos suportados pelas empresas para ter um escritório prime tinham aumentado globalmente 2,2% em relação a igual período de 2002.
Ora, feitas as contas, segundo a CBRE atualmente os escritórios prime de Lisboa apresentam um custo anual de 296,70 euros por metro quadrado, muito abaixo dos 420 euros/ metro quadrado / ano registados em Madrid e cerca de nove vezes menos do que ter um escritório prime em Londres, que ronda os 2.062,52 euros/metro quadrado/ano.
Números que, bem vistas as coisas, vêm evidenciar “uma excelente oportunidade para que Lisboa se afirme como uma cidade bastante competitiva face às suas congéneres europeias, podendo assim atrair ocupantes internacionais que procuram reduzir os seus custos de ocupação”, afirma o diretor-geral da CBRE Portugal, Francisco Horta e Costa.
E, como sublinha o responsável, “se não considerarmos as rendas prime, a diferença é substancialmente maior e a nossa competitividade aumenta. Além disso, Lisboa tem uma qualidade vida incomparavelmente melhor que a maior parte das cidades objeto deste estudo”.
Recentemente, também o Head of Agency da Worx, Pedro Salema Garção, chamou a atenção para o “potencial de crescimento” do mercado lisboeta enquanto “centro de Shared Services e BPO (Business Process Outsourcing)”, uma tendência que, a seu ver, poderá consolidar-se “nos próximos dois anos”.
Fonte: Público
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