01 fevereiro 2014

Marcas de luxo ocupam 7000m2 das ruas de Lisboa


A Cushman & Wakefield publicou esta semana o mais recente Business Briefing – Comércio de Luxo Lisboa e Porto, que mostra que o mercado de luxo já ocupa 7000m2 das ruas de Lisboa.
Em Portugal, o retalho de luxo tem privilegiado a sua localização no comércio de rua, e, pelas sinergias que cria, em zonas com fluxo de clientes das melhores zonas residenciais, hoteleiras e de escritórios, uma tendência que se verifica em Lisboa e no Porto.

Dados da Global TGI, publicados no 2013 BrandZ Top 100, mostram que mais de 50% dos adultos na Rússia e na China, e 41% no Brasil, acreditam que o uso de marcas de prestígio melhora a sua imagem, o que compara com percentagens menores em países como a Itália, com 30%, e os EUA, com 13%.

E são os turistas provenientes destes países, bem como de Angola, os que mais visitam as lojas de luxo em Portugal, o que se explica também pelo elevado custo que os produtos têm nos seus países.

Na capital, as marcas de luxo situam-se maioritariamente na Avenida da Liberdade, estendendo-se à Rua Castilho e ao Chiado, zonas que têm verificado uma evolução muito positiva nos últimos anos, em contraciclo com os restantes setores do mercado de retalho, tornando-se cada vez mais atrativas, e beneficiando de um maior fluxo de compradores e de um aumento da procura por parte dos operadores.

Assim, estas lojas ocupam já um total de 7.000m2 de área de venda nestas 3 zonas, entre as quais se podem destacar as marcas Cartier, Hermès, Hugo Boss, La Perla, Armani, entre outras.

Por outro lado, no Porto, a presença de retalho de luxo é menor comparativamente à capital, uma vez que a estratégia da maioria destes operadores passa por ter apenas uma loja no país. E aqui a oferta concentra-se na Avenida da Boavista, nomeadamente na zona do Aviz, onde as marcas como a Ermenegildo Zegna e retalhistas nacionais de marcas de luxo como a Machado Joalheiro atratem os consumidores com maior poder de compra. No total, são 2.900m2 de oferta de luxo nas ruas da cidade.

Destaque ainda para o Edifício Aviz, cuja concentração de lojas de gama alta na sua galeria alastrou aos edifícios circundantes, e para os Clérigos que, embora não tenha presentes marcas de luxo, sobressai pelo seu cada vez maior dinamismo e tipo de retalhistas presentes. Esta é considerada uma zona hipster, onde se concentram bares e lojas com procura de um público mais jovem.

O Porto tem vindo a crescer enquanto destino turístico de luxo, e é por isso de esperar uma evolução positiva do retalho desta categoria na cidade.

De acordo com este relatório, os consumidores estão cada vez mais exigentes, em particular nas marcas de luxo. Durante os últimos anos, as marcas foram se adaptando a esta alteração, procurando manter a fidelização dos clientes e captar novos.

Este relatório prevê que, nesta linha, a presença das marcas online continue a ser uma aposta das empresas, sendo que as vendas por esta via deverão atingir os 10.000 milhões de euros em 2013, de acordo com a Bain & Company, mais 28% do que no ano anterior.

Paralelamente, as lojas físicas deverão assumir um papel ainda mais decisivo para a visibilidade das marcas, e os operadores devem adotar uma postura mais exigente em relação à localização e layout das lojas.

As perspetivas de evolução do mercado de bens de luxo é positiva, nomeadamente de acordo com o Altagamma Consensus 2014, apresentado pela Fondazione Altagamma. O consumo de bens de luxo deverá aumentar em todos os setores durenta 2014, nomeadamente no setor de calçado e acessórios, bem como no de ourivesaria e relógios. A Europa deverá crescer 4% e o Médio Oriente e Ásia 10%.

No caso português, a procura existente por parte dos retalhistas deverá continuar maioritariamente direcionada a artérias específicas de Lisboa e Porto, com vários nomes do retalho internacional de topo de gama e gama alta.

Em termos turísticos, a capital continua a apostar no aumento da sua atratividade, sendo que até ao final do próximo ano 12 novos hotéis deverão abrir em Lisboa, a maioria deles com 4 ou 5 estrelas.

VALORES DE MERCADO
Em relação aos preços de mercado no comércio de rua, estes refletem o atual dinamismo deste setor de retalho. O destaque vai para a cidade de Lisboa, onde a grande procura existente por parte dos retalhistas levou ao único aumento das rendas do mercado imobiliário português desde 2007. A zona da Avenida da Liberdade atinge atualmente os €80/m2/mês. Na zona do Chiado estes valores são mais elevados, dada a menor dimensão média das suas unidades e a falta de oferta em ruas com maior procura, como a Rua Garrett, situando-se nos 90€/m2/mês.

TENDÊNCIAS 
A recente evolução da economia global teve impacto no comportamento dos consumidores, que cada vez são mais exigentes, uma realidade que se destaca com maior intensidade nos clientes de marcas de luxo. Ao longo dos últimos anos, estas marcas procuraram adaptar-se a esta alteração na procura, mantendo a fidelização dos seus clientes e procurando captar novos, cabendo-lhes agora a missão de delinear a sua estratégia para o futuro.
A presença online deverá continuar a ser uma aposta das marcas deste setor, com as vendas por esta via a atingirem os €10 mil milhões em 2013 segundo a Bain & Com pany, um aumento de 28% face ao ano anterior. Paralelamente, as lojas físicas assumirão um papel ainda mais decisivo para a visibilidade das marcas, com os operadores a adotarem uma postura mais exigente em relação à localização e layout da loja.

Em termos nacionais, a procura existente por parte dos retalhistas deverá continuar, embora maioritariamente direcionada a artérias específicas nas cidades de Lisboa e Porto, com vários nomes do retalho internacional de topo de gama e gama alta a manter o seu interesse especialmente nas ruas de Lisboa. Em termos turísticos, a capital continua a apostar no aumento da sua atratividade, estando previstos abrir até ao final do próximo ano 12 novos hotéis na região de Lisboa, a maioria com quatro ou mais estrelas. 

Fonte: VI/C&W

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