07 fevereiro 2014

Tendências imobiliárias para 2014


Os sócios da Área de Prática de Direito Imobiliário de PLMJ, Tiago Mendonça de Castro e Rita Alarcão Júdice, traçaram as tendências para o sector imobiliário em 2014. Saiba quais são…

Desde logo, esta dupla defende que já começa a existir “um grande interesse, nacional e internacional, pela retoma de projectos que se encontravam suspensos”, destacando no último trimestre de 2013 o “regresso ao mercado português de vários Fundo de Investimento Imobiliário e o acompanhamento por PLMJ das primeiras grandes operações imobiliárias de compra e venda”. Esta tendência por parte dos investidores institucionais “deverá continuar em 2014, atraídos pelas inúmeras oportunidades de promoção de novos negócios imobiliários, que surgiram na sequência dos efeitos provocados pela crise económica e financeira que se instalou em Portugal entre 2009 e 2012”.

Para 2014 vaticinam que continue o “incremento dos investimentos na construção e reabilitação urbana de imóveis para projectos comerciais e turísticos”. Admitindo que venham a surgir “mais marcas internacionais no segmento do Retail de artigos de luxo e de grande consumo, para a abertura de novas lojas nas zonas classificadas da Avenida da Liberdade e da Baixa-Chiado”.

No horizonte poderão estar também novas cadeias de hotéis de charme que apostam em cidades como Lisboa e Porto. Desta forma, poderá assistir-se a uma requalificação dos “edifícios antigos que se vão sendo libertados e que encontravam inacessíveis ao mercado até 2012, reféns de um regime do arrendamento urbano obsoleto que foi alvo de profundas alterações nos últimos anos”.

Outro destaque feito por estes especialistas prende-se com a procura de imóveis de habitação por parte de reformados e pensionistas europeus. Este tipo de procura vê “Portugal como um destino ideal para aqui fixarem a sua residência fiscal, atraídos pelo que o País pode oferecer, mas também pelo regime fiscal dos Residentes Não Habituais, procurando dessa forma optimizar o impacto fiscal sobre as suas pensões e rendimentos da pesada carga fiscal que têm nos seus países de origem”.

“Em 2014, há que contar ainda com aquilo a que podemos chamar a “2.ª Geração” da vaga de autorizações de residência que têm vindo a ser concedidas ao abrigo do regime dos “Golden Visa”, um mercado que já vale várias centenas de milhões de euros”, referem. Exposto isto, o mais provável é que aumente o número de Golden Visas concedidos, assim como cresçam as empresas estrangeiras a se estabelecerem em Portugal. Essas empresas deverão ser, sobretudo, “promotores imobiliários e de construção oriundos de países como a China, que pretendem desenvolver projectos de habitação ou turismo residencial no nosso País, para que depois possam vender o produto acabado aos seus conterrâneos”.

Por último, Tiago Mendonça de Castro e Rita Alarcão Júdice salientam o “efeito de alavancagem provocado pelo forte investimento chinês em Portugal”, uma vez que os empresários chineses acabaram por captar o interesse de investidores oriundos de outras partes do mundo. Por isso, sustentam que, em 2014, é muito provável que “surjam investimentos imobiliários significativos oriundos da Rússia, Emirados Árabes Unidos e Magrebe, que usualmente não elegiam Portugal como destino europeu prioritário para os seus investimentos, tendência esta que mudou significativamente, elegendo agora Portugal como um mercado a investir”.

Fonte: Magazine Imobiliário

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