Os resultados do PHMS de Fevereiro destacam um aumento contínuo do interesse dos compradores o que levou a um ligeiro acréscimo das vendas. A atividade de arrendamento manteve-se relativamente estável, embora os respondentes pareçam um pouco mais otimistas relativamente a perspetivas de volumes futuros.
No mercado de compra e venda, os níveis de transação recuperaram ligeiramente em consequência do forte interesse dos compradores reportados no mês passado. Além do mais, as novas instruções de compra continuaram a subir a um bom ritmo ao longo de Fevereiro.
Ricardo Guimarães, Director da Ci salienta que “Fevereiro marca o sétimo mês consecutivo com aumento na procura por potenciais compradores e o décimo primeiro mês com expetativas de vendas positivas. Isto reforça a ideia de que poderemos estar próximos de um equilíbrio também ao nível dos preços.”
Consequentemente, os respondentes esperam agora um forte crescimento das vendas nos próximos 3 meses.
O índice de confiança nacional, medida composta de preços e expectativas relativas a vendas, caiu para 9 pontos quando no mês anterior se cifrava em 16 pontos, mantendo-se contudo em terreno positivo e próximo de valores elevados. De facto, este foi o quarto mês consecutivo em que se verificou uma leitura positiva o que indica uma genuína melhoria do sentimento de mercado.
Apesar da melhoria do ambiente no mercado de compra e venda, os preços das casas continuam a cair, ainda que o ritmo de queda tenha abrandado significativamente. Tomando tudo em consideração, o mercado de compra e venda parece estar agora em melhor forma do que em algum outro momento desde o lançamento do inquérito em 2010.
No sector de arrendamento, a procura por parte dos arrendatários subiu marginalmente enquanto as instruções dos proprietários caíram pelo quinto mês consecutivo. As rendas continuam na sua trajetória descendente e prevê-se que caiam ainda mais no curto prazo. Porém, a perspetiva para a atividade de arrendamento tornou-se mais otimista, com os respondentes a esperarem um aumento do volume nos próximos 3 meses.
Josh Miller, Economista Sénior do RICS sustenta que “Os resultados de Fevereiro mostram que o aumento do interesse dos compradores se começa a traduzir em maiores volumes de transação, uma tendência que se prevê que continue no curto prazo. Apesar do seu abrandamento, tal não permitiu ainda travar a queda dos preços. Antes de se poder falar numa verdadeira reviravolta no mercado imobiliário residencial o fluxo de boas notícias terá de se manter.”
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