26 março 2014

Negócio imobiliário da Sotheby’s chega ao Norte do país este ano


É normal associar a Sotheby’s aos leilões, mas o imobiliário de luxo é hoje uma parte importante do negócio. O primeiro escritório no Norte do país será uma realidade ainda em 2014, juntando-se aos quatro que foram sendo montados desde 2007 (Estoril, Paço D’Arcos, Lisboa e Vila Moura). No espaço de quatro ou cinco anos, A Sotheby’s International Realty Portugal terá um total de 10 a 12 pontos de atendimento. Outro espaço a avançar até ao final do ano será situado na região algarvia de Lagos.

“Queremos crescer de forma sustentada. Um escritório tipo tem 200 metros quadrados, implica uma despesa de 200 mil euros para remodelação do espaço arrendado, é necessário contratar 20 a 30 colaboradores e demora um ano a estabilizar financeiramente”, explica Gustavo Soares, diretor-geral da filial portuguesa. A concorrência existe, mas a Christie’s, outro nome muito associado aos leilões, tem 400 casas na sua base de dados em Portugal, enquanto que a Sotheby’s tem 2700.

A empresa atua no segmento mais elevado ao nível dos valores de transação. O preço médio dos seus imóveis anda na casa dos 820 mil euros e o maior negócio feito em 2013 ascendeu a três milhões de euros, valor dado por uma casa com piscina em Vila Moura. Metade dos clientes são estrangeiros, sendo responsáveis por um volume de negócios de 38,5 milhões de euros em 2013, envolvendo 51 imóveis, o que resulta num preço médio de quase 756 mil euros por casa. Os compradores são sobretudo ingleses, franceses, brasileiros e do médio oriente.

Os vistos gold têm sido responsáveis por alguns negócios, embora numa percentagem pequena. “Não guiamos o nosso modelo de negócio pelos vistos gold, até porque se trata de uma legislação que pode mudar quando o Governo for outro”, sublinha Gustavo Soares. Por outro lado, a Sotheby’s tem uma política restrita em termos éticos. “Quando um cliente diz que o dinheiro não é problema e quer fazer o negócio depressa sem sequer ver a casa, normalmente não avançamos”, explica Gustavo Soares. 

Até mesmo no segmento de luxo, há vendas que são feitas por problemas financeiros manifestados pelos clientes, uma tendência que se tem agravado com a crise.

Croácia, França, Itália, Grécia e Espanha são atualmente destinos para investimentos imobiliários de luxo que concorrem com Portugal. “No entanto, Portugal é muito olhado como um destino seguro e com infra-estruturas, sobretudo estradas, modernas. São pontos fortes a nosso favor”, afirma o diretor-geral em Portugal da imobilária Sotheby’s.

Fonte: Dinheiro Vivo

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