23 abril 2014

Mercado de escritórios de Lisboa em recuperação


Após vários anos de quebras nos volumes de procura, e pela primeira vez em 7 anos, o mercado de escritórios da Grande Lisboa começou o ano com um aumento dos valores transacionados. De Janeiro a Março de 2014 foram fechados um total de 63 negócios, totalizando mais de 17.000 m2 de espaços ocupados e refletindo uma evolução positiva de mais de 40% face ao primeiro trimestre de 2013.

Os restantes indicadores confirmam também o sentimento de maior confiança que já se tinha verificado noutros setores do mercado imobiliário. A taxa de desocupação situava-se em Março de 2014 nos 11,9%, descendo a barreira dos 12 % e corrigindo 70 pontos base face a igual período do ano anterior. 

Este novo alento do mercado é também confirmado pelos valores de arrendamento. Pela primeira vez em 4 anos verificou-se uma correção em alta da renda prime na Grande Lisboa, que em Março de 2014 subiu 50 cêntimos face a 2013, situando-se hoje nos 19 €/m2/mês, regressando-se desta forma a valores de Junho de 2011. O mercado de investimento confirma também esta inversão do setor, após uma correção das yields prime em 25 pontos base no último trimestre de 2013, a yield de escritórios desceu 50 pontos base nos primeiros 3 meses do ano, estando hoje nos 7%. 

O Parque das Nações foi a zona mais procurada no primeiro trimestre, com um total de 6.500 m2 transacionados, representando cerca de 40% da procura total. O Corredor Oeste ocupou o 2º lugar em termos de volume de procura, representando 25% da procura, com 4.500 m2 negociados. 

À exceção da Zona 2, todas as restantes subzonas da Grande Lisboa registaram reduções na taxa de desocupação, com especial destaque para o Parque das Nações, que corrigiu este indicador em 180 pontos base face ao último trimestre de 2013.

Segundo Carlos Oliveira, partner e diretor do departamento de escritórios da Cushman & Wakefield, “As perspetivas de evolução do mercado ao longo dos restantes meses do ano são de manutenção das melhorias verificadas neste primeiro trimestre, devendo manter-se uma evolução ligeiramente positiva da procura face aos anos anteriores, com uma subsequente correção na taxa de desocupação do mercado.”

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