As empresas novas foram as que mais arrendaram escritórios em 2013, diz um estudo sobre migração de empresas em Lisboa realizado pela consultora imobiliária Aguirre Newman e divulgado ontem.
De acordo com o documento, das 186 operações realizadas no ano passado, 47 foram de startups, ou seja, cerca de 25% do total. Em 2012, foram 15% do total. Além disso, procuram espaços nas zonas de Miraflores e Algés ou no Parque das Nações, onde as rendas são mais baixas.
"Nota-se que há mais empresas novas a aparecer mas que são quase um empreendorismo forçado, fruto de situações de desemprego", disse o diretor geral da Aguirre Newman, Paulo Silva.
Para este responsável, este tipo de atividade explica porque a área de escritórios arrendada o ano passado foi tão baixa, uma vez que estas empresas têm poucas pessoas e ainda poucos meios e, por isso, procuram espaços mais pequenos.
No que respeita à procura de um novo escritório por parte de empresas existentes, o estudo revela ainda que existe uma grande "resistência à mudança de zona", ou seja, as companhias mudam de espaço mas dentro da mesma zona. Isto acontece, principalmente, no centro da cidade e na zona de Algés e Miraflores.
"Em 2012, cerca de 40% das operações foram na mesma zona e, em 2013, foram 37%", disse a responsável de estudos de mercado da Aguirre Newman, Paula Sequeira.
O estudo mostra ainda que a maior parte das empresas que se mudaram preferiram escritórios maiores, mas não por terem aumentado a sua estrutura e número de pessoas, mas porque encontraram melhores condições e rendas mais baixas nesse novo espaço, mesmo sendo maior. A percentagem de empresas que se mudam por terem conhecido um crescimento da atividade não chega sequer a 5%.
Fonte: Dinheiro Vivo
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