A Aguirre Newman identifica uma tendência no mercado imobiliário: os escritórios estão a ser “expulsos do centro” de Lisboa. A revolução no epicentro da capital pode abrir espaço para uma nova área de escritórios. A consultora arrisca o destino: 24 de Julho.
O director-geral da Aguirre Newman, Paulo Silva, durante a apresentação do estudo "Migração de empresas em Lisboa 2014", elaborado pela consultora, diz que a baixa de Lisboa estará "irreconhecível" dentro de cinco anos. "Está a explodir" em termos imobiliários. A nova lei do arrendamento é um dos factores e a maior procura de operadores turísticos outro.
No meio deste fenómeno, Paulo Silva diz que os ecritórios "estão a ser expulsos" para fora desta zona. E dá um exemplo: "Houve uma transacção há pouco tempo de um edífico de escritórios por 3.000 euros para fazer habitação". A tendência na zona 1 (Marquês de Pombal, Rato e Saldanha) e na zona 2 (Duque de Loulé, 5 de Outubro e Av. João XXI) é de crescimento da habitação e saída dos escritórios. "Há uma procura externa para investir nessas zonas", disse Paulo Silva.
Mas a possível saída dos escritórios daquelas localizações obriga a uma migração. Para onde? Paulo Silva arrisca: "A 24 de Julho tem condições para ser o que no passado foi o Parque das Nações".
O efeito EDP, a eléctrica terá sede na avenida ribeirinha em 2015, poderá numa primeira fase ter um efeito dominó. Posteriormente, o director-geral da Newman Aguirre acredita que a zona tem excelentes condições e é um local ainda com bastante espaço disponível para escritórios.
Paulo Silva assume que a mutação da promoção dos escritórios para a habitação não "será fácil de assumir" por investidores que estão habituados a um determinado rendimento. Mas a pressão existe e é grande.
O director-geral da Aguirre Newman salientou ainda a importância para uma reconversão do parque de edifícios existente porque "a maior parte dos escritórios não correspondem às necessidades das grandes empresas internacionais". Nomeadamente, no que diz respeito aos requisitos energéticos.
Fonte: Negócios
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