21 junho 2014

Venda de imóvel histórico em Nova Iorque foi o maior negócio imobiliário do Estado


Apartamento no emblemático Dakota Building em frente ao Central Park foi vendido em 2013 a alto quadro do Deutsche Bank.
O Estado encaixou no ano passado 13,9 milhões de euros na venda de 28 imóveis, a maioria a privados. Este valor até representa um ligeiro crescimento face a 2012, ano que as alienações de património imobiliário por parte do Estado terão atingido o valor mais baixo em uma década, de apenas 12,3 milhões de euros.

Mas o encaixe mais substancial resulta da venda de imóveis no estrangeiro. As operações foram promovidas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e representaram uma receita de 11 milhões de euros. A transacção mais importante foi a venda da antiga residência do Cônsul Geral de Portugal em Nova Iorque por 8,9 milhões de euros. Em causa está um apartamento no emblemático edifício Dakota. O prédio do século XIX fica em frente ao Central Park e tem sido residência de vários artistas famosos, incluindo John Lennon, o ex-Beatle que foi assassinado à saída do Dakota.

O relatório sobre a venda de imóveis do Estado revela que a alienação foi feita a um preço superior ao da avaliação, que era de 6,7 milhões de euros. O comprador foi o economista chefe do Deutsche Bank, David Folkerts-Landau, e mulher O negócio fechado em Maio do ano passado foi notícia na imprensa internacional que o atribuiu às dificuldades financeiras de Portugal e do Estado na sequência do pedido de ajuda internacional. O apartamento de oito quartos terá sido adquirido pelo Estado português por 250 mil dólares há mais de 40 anos. O imóvel ainda esteve no mercado por 14,5 milhões de dólares (10,6 milhões de euros), mas o preço acabou por baixar.

Também nos Estados Unidos, mas em Washington, Portugal alienou a antiga secção consular no Edifício Tracy Place por quase 1,6 milhões de euros. Na Holanda, alienação da antiga chancelaria em Haia rendeu 536,5 mil euros.

Em 2012, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, então liderado por Paulo Portas, anunciou o plano de venda de património fora de Portugal em várias cidades do mundo que estivesse desactivado. A expectativa era arrecadar 22 milhões de euros.

A maioA maioria das alienações foi realizada por ajuste directo (18), tendo sido vendido apenas seis imóveis em hasta pública. Todavia, a negociação foi procedimento que mais peso teve no encaixe já que inclui as operações fora de Portugal. Dos 28 imóveis vendidos, a maioria foi comprada por particulares. No ano passado, o Estado adquiriu um imóvel por 5,977 milhões de euros em numerário. A compra foi feita à Câmara de Lisboa e o destinatário foi o Centro de Estudos Judiciários.

Fonte: iOnline

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