19 julho 2014

MEO deixa edifício Marconi em Lisboa até ao final do ano


A antiga sede da TMN, detida pela Fundimo, da CGD, pode vir a ser edifício de apartamentos de luxo. A Meo prepara-se para deixar o edifício Marconi, situado na Avenida Álvaro Pais, em Lisboa, até ao final do ano. No âmbito da reestruturação de optimização de espaços que a Portugal Telecom (PT) está a levar a cabo, a Meo vai sair do mítico edifício da Marconi, onde era a sede da antiga TMN.

"Neste momento já muitos andares estão vazios. Os colaboradores da PT estão a ser realojados em outros edifícios que pertencem à operadora de telecomunicações", refere fonte ligada à PT.

O Diário Económico sabe que a PT está a recolocar os funcionários em outros edifícios do grupo situados em Lisboa, nomeadamente em Picoas. Até ao fecho desta edição, não foi possível obter uma resposta por parte da PT. Contactada, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) não quis fazer qualquer comentário.

O edifício é gerido pela Fundimo, sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário da CGD, e o contrato de arrendamento que a PT tem com o fundo termina em Janeiro de 2015.
Em estudo está um novo projecto imobiliário para o edifício da Marconi, localizado junto aos terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa. A ideia é transformar o edifício de escritórios em apartamentos de luxo na maior parte dos pisos, "aproveitando a euforia dos ‘golden visa'", refere uma fonte ligada ao sector imobiliário. A parte de baixo será aproveitada para fazer uma galeria comercial. O edifício tem ainda cinco pisos de estacionamento subterrâneo.

O facto de o mercado de escritórios continuar em processo de recuperação lenta - lembra outra fonte ouvida pelo Diário Económico - significa que gestores e promotores imobiliários se viram mais para o mercado residencial, nomeadamente o direccionado para estrangeiros.

PT vendeu o edifício à Fundimo há sete anos

Em 2007, a PT vendeu o edifício sede da TMN, uma das mais emblemáticas obras de arquitectura da cidade de Lisboa a um fundo da CGD, o Fundimo. Na altura, o valor da venda do imóvel não foi revelado.

Este edifício é uma obra do arquitecto Raúl Martins, e foi criado com o objectivo de se tornar a sede da então Companhia Portuguesa Rádio Marconi, empresa responsável pelas chamadas internacionais do operador histórico português. Na década de 90, a Marconi foi absorvida no âmbito da constituição do grupo PT, desaparecendo como entidade autónoma. Uma obra amada por uns, detestada por outros, o "Edifício Marconi", como é conhecido, marca fortemente a paisagem da capital, foi inspirado na onda hertziana e foi classificada como um "edifício inteligente".

Tal como a sede da PT em Picoas, o Edifício Marconi era um dos activos que compunha a -carteira do fundo de pensões do grupo da PT, activo gerido pela Previsão - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões. Para usar o edifício como sede, a TMN pagava uma renda, situação que se manteve após a venda.

Fonte: Económico

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