31 julho 2014

Vilamoura e Vale do Lobo estão à venda mas negócios tardam em sair do papel


A CGD adiou a entrega das propostas definitivas para Vale de Lobo, apesar de já ter uma ‘short list’ de cinco interessados. Quanto a Vilamoura apenas se sabe que há potenciais interessados.
Dois dos mais emblemáticos empreendimentos turísticos no Algarve, Vale de Lobo e Vilamoura, estão à venda, mas a finalização destes processos tarda em sair do papel. 

Por um lado, da operação de Vilamoura apenas se sabe que há um processo de venda em curso. Em relação a Vale de Lobo, o Diário Económico sabe, para este empreendimento turístico e imobiliário, em que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) pretende alienar a participação de 25% do capital já há uma ‘short list' de cinco potenciais investidores interessados que deveriam ter apresentado as propostas definitivas na semana passada, dia 23. No entanto, o prazo acabou por ser adiado. 

Fontes do sector do turismo garantem que o prazo para apresentação destas propostas para Vale de Lobo foi dilatado, pelo menos, até ao final desta semana para dar tempo aos investidores de afinarem as propostas. 

Contactado, fonte oficial da CGD preferiu não avançar com comentários sobre este processo de venda. Certo é que a entidade bancária é credora de pelo menos 300 milhões de euros da dívida do projecto e que concedeu créditos aos restantes accionistas que agora espera reaver nesta operação. As mesmas fontes garantem que o objectivo do banco liderado por José de Matos é reaver o máximo de capital possível.

De entre os accionistas do ‘resort' fundado há cerca de 50 anos, e que se estende por cerca de 450 hectares, estão, por exemplo, os gestores Rui Horta e Costa, Diogo Gaspar Ferreira e Hélder Bataglia. A CGD entrou no capital do empreendimento em 2006.

Já fonte oficial da Lusort, a entidade gestora de Vilamoura, confirma que "há um processo de venda em curso das empresas do grupo", uma operação que ainda não está concluída. A mesma fonte assegura que há potenciais interessados, mas recusa avançar com mais pormenores sobre se são portugueses ou estrangeiros. 

A Lusort é a marca comercial cuja principal actividade assenta na promoção e construção imobiliária de luxo na costa Algarvia, sobretudo em Vilamoura. De acordo com informação retirada da sua página de Internet, é detida na totalidade pelo grupo espanhol CatalunyaCaixa Inmobiliaria. Até ao fecho da edição, não foi possível obter o comentário do grupo, cuja sede é em Barcelona. Na mesma página é referido que a Lusort é responsável pela gestão da Marina de Vilamoura, que conta com cerca de 825 postos de amarração. A empresa assume que durante os próximos anos, irá desenvolver a "Cidade Lacustre", um projecto com lagos e canais navegáveis que "tornará Vilamoura uma referência turística a nível europeu".

Esta não é a primeira vez que um dos maiores complexos turísticos do Algarve se prepara para mudar de mãos. Em 2005, o empresário André Jordan vendeu a então Lusotur ao grupo imobiliário espanhol Prasa, negócio que incluía a marina e a componente hoteleira e imobiliária. Já os activos afectos ao golfe foram vendidos, em 2007, ao grupo Oceânico.

Ano histórico para o turismo
O presidente do Turismo de portugal, João Cotrim de Figueiredo, acredita que este ano será histórico para o sector turístico em Portugal. A estimativa foi assumida pelo gestor, há duas semanas, após a divulgação do forte crescimento do número de dormidas em hotéis portugueses em Maio último. "Estamos cheios de confiança de que poderá ser de novo um ano histórico para o turismo português. Pela primeira vez todas as proveniências dos turistas tiveram homólogos positivos em Maio e sobretudo aqueles mercados onde incidimos o reforço de promoção, o que significa que se está estabelecer a base para que o crescimento não seja meramente conjuntural", realçou na altura.

Fonte: Económico

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