No primeiro trimestre de 2014, verificou-se por parte das empresas de mediação imobiliária algum optimismo no mercado, sobretudo pelo impulso dos Vistos Gold e dos residentes não habituais. O mercado através dos 'olhos' do portal imobiliário CasaYes, está em contínuo reajustamento, mas a compra de casa mantém-se como a principal preferência dos portugueses.
A procura de imóveis residenciais para aquisição é ainda uma realidade recorrente, segundo dados do CasaYes divulgados no Catálogo de Estudos do I Trimestre de 2014 da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal. As intenções de compra representaram mais de 50% das pesquisas no âmbito nacional. Numa análise por tipo de imóvel, 58,8% das pesquisas direccionaram-se para apartamentos e 31,3% para moradias. Por tipologia a procura continua segmentada, à semelhança da oferta, maioritariamente nos T2 e T3.
Quanto ao montante pesquisado no âmbito nacional para aquisição de imóveis residenciais, verificou-se que 24% direccionou-se para valores inferiores ou iguais a 75 mil euros. Houve 31% entre os 75 mil e os 125 mil euros e 20,7% entre os 125 mil e 175 mil euros. No que diz respeito à oferta, os valores médios praticados, concentraram-se em torno dos 175 mil até aos 250 mil euros (25,1%) e entre os 250 mil e os 350 mil euros (21%). Neste primeiro trimestre observou-se um aumento na segmentação de valores, comparativamente ao final do ano de 2013.
Lisboa é o concelho mais pesquisado com 10,3% (nos imóveis para compra 9,2% e para arrendamento 13.1%). Na procura de moradias Vila Nova de Gaia lidera com 4,5% de pesquisas geradas, ocupando Lisboa, neste caso, o 7º lugar. No que se refere ao arrendamento, o maior nível de pesquisas centralizou-se em municípios do distrito de Lisboa e do Porto.
Arrendamento ainda mexe
Contudo, ainda prevalece um dinamismo associado ao arrendamento. Em alguns distritos, como Lisboa e Porto, essa realidade registou valores superiores a 50%. Do lado da oferta, no portal CasaYes a percentagem de imóveis para alugar no âmbito nacional representava cerca de 6,6% do total dos imóveis do portal, no final do primeiro trimestre.
Nas pesquisas efectuadas no âmbito nacional, a procura de valores direccionada para o arrendamento residencial encerrava-se entre 300 e 500 euros, em 37,6% dos casos. Em 40,3% foi feita para valores inferiores ou iguais a 300 euros e em 13,6% dos casos entre os 500 a 750 euros.
Confrontando a procura com o que existia em stock no mercado para oferta, verificou-se um certo desajustamento. De facto, apenas 13,5% dos imóveis para oferta registaram valores inferiores ou iguais a 300 euros. Havia 44% com valores compreendidos entre os 300 a 500 euros e 20,3% entre os 500 e os 750 euros.
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP /SOL
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