28 agosto 2014

Hello Lisbon acumula 120 casas em dois anos


Está a dois minutos a pé do Miradouro de Santa Luzia e a nove minutos do Castelo de São Jorge, dois dos locais mais visitados em Lisboa pelos turistas de todas as nacionalidades. A localização, no coração de Alfama, não poderia, pois, ser melhor para aproveitar o frenesim turístico que Lisboa vive neste momento.

O Hello Lisbon Castelo abriu portas antes do verão com 23 apartamentos turísticos e a ocupação atual está próxima dos 100%. Os bons resultados deste e de outros dois edifícios que estão a ser explorados sob a marca Hello Lisbon (os outros dois situados em Santos e Santa Apolónia) levaram a empresa a apostar forte neste conceito de reaproveitar turisticamente edifícios localizados em zonas-chave e, por isso, até ao final do ano irá inaugurar mais dois prédios, um no Bairro Alto e outro no Cais do Sodré, totalizando cerca de 80 apartamentos. 

"Vamos fechar o ano com 80 Unidades e em 2015 serão, por acumulado, 120. Atualmente são 45 apartamentos nos três edifícios que temos nas zonas de Santos, Santa Apolónia e Castelo, sendo que o primeiro Santa Apolónia abriu em fevereiro do ano passado. O nosso modelo assenta na exploração de prédios inteiros que se destinam exclusivamente a este uso", diz Pedro Pinha, administrador da empresa.

"O modelo de exploração passa por arrendar os edifícios aos respetivos proprietários, seguindo a regra de 10 unidades ou mais em cada imóvel", acrescenta ainda Pedro Pinha. 

O prédio de cinco pisos junto ao Miradouro de Santa Luzia implicou um custo de reabilitação na ordem dos dois milhões de euros, a cargo do proprietário, que fez um contrato de arrendamento de longo prazo com a empresa. 

Sublinhando a importância do impacto do turismo na reabilitação da cidade, Pedro Pinha lembra que os edifícios que já possuem a marca ou que a irão ostentar foram todos alvo de reabilitação. "Este tipo de negócio é, sem dúvida, uma boa saída para prédios que necessitam de reabilitação", reforça. 

Só turismo não chega 

Com unia procura bastante diversificada de nacionalidades, são, no entanto, os europeus que mais se destacam.. "Temos recebido muitos franceses. alemães, ingleses e holandeses e sobretudo famílias, com filhos pequenos ou adolescentes", especifica Pedro Mata, diretor do Hello Lisbon Castelo. 

Em todos os edifícios e como não poderia deixar de ser, a cidade de Lisboa serve de inspiração para a decoração mas em cada um deles existe uma diferencião. A 'arte contemporânea' no Castelo (encontram-se peças de Julião Sarmento ou Miguel Palma, entre outros, a aprimorar os espaços), os `graffiti e a arte urbana' em Santos ou a 'música' no Cais do Sodré. 

O turismo é, neste momento, a única âncora da empresa, mas a curto prazo o objetivo é explorar outros segmentos de mercado. A sazonalidade da exploração turística é incontornável e, por isso, os responsáveis da empresa querem criar parcerias com empresas que necessitem de alojamento temporário para os seus colaboradores. 

Pedro Pinha reforça, lembrando que "Lisboa é hoje um destino de city break que assegura taxas de ocupação razoáveis ao longo de oito meses, mas para este tipo de negócio ser sustentável deve passar pelo alojamento corporate de pessoas que chegam em regime profissional por curtos períodos ou outro tipo de segmentos onde se inclui, por exemplo, o apoio a pessoas que estão a passar por divórcios ou famílias com a casa em obras, etc.". 

Por agora focados na capital, os responsáveis da empresa pretendem a médio prazo expandir a marca para cidades como o Porto e até Madrid. "A consolidação da marca em Lisboa chegará com estas 120 unidades e irá permitir que esta seja reconhecida em outros lugares", acrescenta Pedro Mata. 

Para além dos edifícios do Bairro Alto e do Cais Sodré, que passam a fazer parte este ano da carteira da empresa e que já estavam a ser explorados turisticamente por outras empresas, a Hello Lisbon vai abrir em 2015 um outro edifício que já se encontra em obras. Situado na Calçada do Carmo, perto da Estação do Rossio, este será o Hello Lisbon Rossio.

Fonte: Expresso

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