21 setembro 2014

Certificados energéticos disparam com nova lei


Obrigação de apresentar certificados nos anúncios de casas aumentou o número de documentos. Só em Maio foram emitidos quase 16 mil.
A venda ou o arrendamento de uma casa já implicavam a existência de um certificado energético. Mas desde 1 de Dezembro de 2013 que é obrigatório tê-lo no momento do anúncio. Com esta medida, a ADENE - Agência para a Energia -, pretendeu alargar a avaliação do estado energético dos edifícios no país, transpondo directivas comunitárias relativas à poupança energética.

A medida levou a um aumento exponencial da emissão de certificados ao longo de 2014. Se em Dezembro de 2013 foram emitidos 4.177 certificados, em Janeiro deste ano passou para 11.944. E em Maio foram 15.833 os certificados emitidos.

De acordo com o Market Outlook de Agosto de 2014, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, este aumento foi mais evidente no sector residencial. A classe C continua a dominar o número de emissões de certificados com um total de 4.203 só no mês de Maio deste ano. A classificação D seguiu muito de perto com 4.040 e a categoria E ficou em 3º lugar, com 2.072. As classificações de A e B foram as que conseguiram menos emissões.

Melhoria da eficiência

No sector dos serviços também a classe C foi a que mereceu mais certificados (886), seguido da classificação B- com 482, e da B, com 297. Este sector aumentou consideravelmente o número de certificados numa classificação média, o que demonstra uma melhoria da eficiência energéticas dos edifícios de serviços em Portugal.

Os pequenos edifícios sem sistema de climatização foram os que mais necessitaram de certificados (1.798), seguido dos grandes edifícios de serviços com 110 certificados, Para os pequenos edifícios com sistema de climatização foram emitidos 68 certificados. As lojas dominaram este segmento de mercado com a emissão de 496 certificados.

Relativamente ao segmento residencial foram os edifícios construídos depois de 2010 que mais necessitaram de certificados energéticos com a emissão de 1.953 documentos, seguidos daqueles cuja construção datam entre 1990 e 2000.

Quanto ao mercado de reabilitação também registou um aumento significativo na emissão de certificados energéticos. Se em Dezembro de 2013 representou 5,56% do total, em Maio de 2014 atingiu 14,29%. Este valor demonstra que a reabilitação tem um peso cada vez mais forte no mercado imobiliário.

Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP / SOL

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