Eduardo Garcia e Costa será o administrador regional da Keller Williams (KW) em Portugal e assegura que o novo parceiro tem "planos ambiciosos" para o mercado nacional, mas com contornos e estratégia de negócio que não pôde revelar até ao fecho desta edição. O rebranding da marca ocorrerá a meio da próxima semana e os clientes, e o público em geral, serão já surpreendidos com placas de anúncios de venda e arrendamento nas fachadas de casas e com o novo layout da marca no frontispício da loja da Ábaco no Campo Pequeno, em Lisboa.
Os responsáveis Eduardo Garcia Costa e Nuno Ascensão, este último atual CEO da Ábaco, estiveram nos últimos dias nos Estados Unidos da América reunidos com a cúpula da KW a ultimar o acordo que vai abrir as portas de Portugal a uma das maiores imobiliárias norte-americanas. A KW será assim a quarta grande imobiliária norte-americana a apostar no mercado português, anos após a entrada da RE/MAX, ERA e Century 21.
A RE/MAX, que no final da semana passada rescindiu unilateralmente o acordo de franchising que mantinha com a Ábaco desde 2008, não só confirmou em comunicado o fim da parceria como o descreveu ser: "Não mais do que um processo natural de ambição profissional e a entrada de um novo player no mercado. É algo que consideramos positivo. Isto demonstra ainda como a RE/MAX prepara bons profissionais."
O Expresso apurou ainda que desde a passada segunda-feira, os agentes imobiliários que se mantêm ao serviço da Abaco estão a trabalhar com novos programas informáticos e que, paulatinamente, estão a adotar as metodologias de trabalho do novo parceiro. Na internet já foram publicados anúncios de oferta de emprego para mediadores imobiliários com a indicação Keller Williams como entidade contratante.
O que muda com a KW?
Afinal, quem é esta nova imobiliária que agora vai operar em Portugal? Segundo informações disponíveis na intemet, foi fundada em 1983 e é a agência imobiliária número um nos EUA em termos de vendedores associados, serão cerca de 100 mil espalhados por 700 agências.
A KW é ainda uma das empresas do sector com maior crescimento percentual em termos de rentabilidade e produtividade, facto auditado, segundo dados da companhia para o ano de 2012, em 91% dos seus escritórios espalhados pelos territórios norte e centro-americano (especificamente no México). Ao todo, em 2012, terão sido distribuídos pelos franchisados 58 milhões ele dólares (€44 milhões) dos lucros obtidos.
Nos dois últimos anos, a KW iniciou um processo expansionista e abriu franchisados no Vietname, Indonésia, África do Sul e uma pequena operação na Polónia, tendo já manifestado planos de operar nos mercados britânico, alemão, austríaco, italiano, suíço, russo e turco. A empresa foi ainda considerada a 9ª melhor para se trabalhar nos Estados Unidos, num ranking elaborado pela WorkplaceDynamics e publicado na "Forbes".
A empresa é conhecida no mercado americano pela sua estratégia agressiva e motivadora da autoestima dos seus colaboradores.
Fonte: Expresso
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