13 setembro 2014

Pine Cliffs Resort é o oásis dos vistos gold


Quase uma centena de unidades residenciais do premiado Pine Cliffs Resort, no Algarve, são já propriedades adquiridas ao abrigo do programa visto dourado. Na sua maioria de nacionalidade chinesa, os novos residentes do "Melhor Residence Hotel da Europa" e "Melhor Resort Familiar em Portugal" segundo os óscares do Turismo deste ano, ao contrário do que se dizia "surpreenderam pela positiva e usufruem efetivamente das suas novas casas". 

Quem o revela é Carlos Leal, diretor geral da United Investments Portugal (UIP), empresa detentora do empreendimento que tem, por sua vez, a gestão da The Luxury Collection, da Starwood Hotels & Resorts.

"Um dos primeiros a comprar aqui casa, de nacionalidade chinesa, já cá veio quatro ou cinco vezes e trouxe a família. Entretanto, já um irmão e uma irmã adquiriram também uma unidade", adianta o responsável, que faz um balanço "muito positivo" dos vistos dourados. Das 360 unidades residenciais do complexo, falta vender apenas 10%.

"Noto que o visto dourado pode ser o primeiro incentivo, que traz cá os investidores para verem e analisarem a possibilidade de comprar. Mas, depois de descobrirem Portugal, não querem outra coisa", aponta Carlos Leal, sem deixar de notar que "só precisávamos de resolver um bloqueio na embaixada na China para agilizar os vistos e, também, criar condições mais acolhedoras no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para receber os investidores".

Há ainda a referir que a concorrência no turismo residencial é grande, com os países do Mediterrêneo - Espanha, Grécia e até Marrocos - a tentar seduzir esses investidores a adquirir residências nos seus territórios. "A nossa grande desvantagem continuam a ser as ligações aéreas e era por aí que devíamos começar: sem uma ligação direta à China, os voos vêm via Espanha, Frankfurt ou Dubai. Um voo de 12 horas passa a demorar 21 ou mais e isso não pode ser", assinala.

Todo o Algarve sofre com a falta de ligações aéreas, na opinião do gestor. "A sazonalidade está a agravar-se cada vez mais na região. De pouco vale termos ocupações perto de 100% no pico do verão e a menos de 50% de novembro a março. As companhias aéreas low cost reduzem voos, a nossa própria companhia aérea acabou com o voo entre Faro e Londres, fecham restaurantes, rent-a-car e hotéis e a região parece uma cidade-fantasma no inverno", retrata Carlos Leal. "Mas aqui ao lado, em Espanha, Málaga recebe os mesmos voos todo o ano. Porque o turismo é mais do que um cliché na boca dos governantes", conclui.

A UIP prepara-se para investir, ainda assim, "várias dezenas de milhões de euros" na remodelação e expansão do seu Hotel Sheraton Algarve. A obra será efetuada em duas fases, durante o inverno de 2014 e de 2015, devendo ficar concluída a 1 de julho de 2016. "É a primeira remodelação profunda de um hotel construído no final dos anos 1980: vamos construir um health spa, um restaurante, áreas de serviço, piscina, jardins, aumentar de 215 para 217 quartos e construir 76 suites que podem ser divididas em duas chaves", desvenda.

A empresa prepara-se, ainda, para arrancar com a construção do empreendimento do Vale do Freixo, em fase de conclusão de licenciamento, um boutique hotel que contará com 460 unidades residenciais, campo de golfe e health spa, entre outras comodidades.

A UIP está ainda em "fase avançada de aquisição de outros imóveis, não só no Algarve, mas também no resto do país" e mantém investimentos nos EUA: o Yotel de Nova Iorque, onde é acionista maioritário, e o Yotel de São Francisco, em que detém 50%, em fase de desenvolvimento e construção.

Fonte: Dinheiro Vivo

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