23 outubro 2014

BRUSA: A imobiliária que só quer saber dos compradores



Começou no Norte do País, mas está em expansão através de franchising. A Brusa é a imobiliária que funciona como “motor de busca” para quem quer casa.
Tem menos custos do que as imobiliárias tradicionais e usa os imóveis disponíveis no mercado em seu benefício. A Brusa, criada no último ano a partir do Norte, define-se como uma imobiliária centrada nos compradores e não nos proprietários. Na prática funciona como um “motor de busca” de imóveis e está em expansão para o resto do país.

Bruno Santos defende que na forma como o mercado tradicional funciona o cliente que quer comprar casa (um imóvel) era o elo mais fraco da transação. “A agência imobiliária tradicional tem por cliente o proprietário, com o qual celebra um contrato de mediação com vista à comercialização do imóvel.

Se depois recebe um cliente comprador e lhe tenta vender algum dos imóveis angariados, isso conduz na nossa perspetiva a um conflito de interesses, que o sistema Brusa vem resolver”, defende o diretor-geral da empresa. “Não havia no mercado uma imobiliária que cuidasse exclusivamente dos interesses do comprador”, explica ainda.

Por isso a Brusa se assume como a primeira rede imobiliária exclusivamente dirigida a compradores. “Não angariamos imóveis, nem celebramos contratos para prestar serviços a proprietários/vendedores”, acrescenta Bruno Santos.

Uma das vantagens no modelo de funcionamento da Brusa, explica Bruno Santos, é a minimização de custos. “Como a Brusa não angaria nem presta serviços a proprietários, tem menos custos do que as agências tradicionais: não é preciso anunciar imóveis em portais, jornais ou revistas, por vezes páginas inteiras de publicidade, para promover imóveis que nunca chegam a ser vendidos, não é preciso produzir e colocar placas, etc”, descreve. 

Com a vantagem acrescida de não apresentar ao cliente apenas os imóveis que tem em carteira. “A imobiliária comum tende a mostrar apenas os imóveis que tem em carteira. Ora, esse conjunto de imóveis representará sempre uma pequena parte dos imóveis à venda na zona territorial de atuação”, defende Bruno Santos.

Com o sistema Brusa, primeiro é feita a qualificação do cliente, quer a nível imobiliário quer financeiro. E só depois são pesquisados os imóveis indicados para as suas necessidades. Uma pesquisa que, frisa Bruno Santos, incide na totalidade do mercado. Ou seja imóveis de outras imobiliárias, imóveis de bancos, de promotores imobiliários e até de particulares. 

Uma imobiliária a partir de casa

Com sede em Espinho, a Brusa iniciou atividade no Grande Porto e cobre as zonas de Porto, Gaia, Espinho e Feira. “O objetivo passa agora por crescer em todo o País”, refere Bruno Santos, que lidera o processo de expansão em franchising para as outras regiões do País.

A imobiliária poderá conceder direito de franchising em todas as zonas com uma população mínima de 35 mil habitantes e criou duas modalidades de negócio: com loja ou sem loja. “Na verdade, o franchisado pode iniciar a atividade sozinho, a partir de casa, e só mais tarde abrir uma unidade, quando precisar de contratar assessores imobiliários. Este modelo de crescimento já foi testado por nós”, afiança o mentor da Brusa. O investimento inicial sem loja é de 5 mil euros. Com loja o investimento ascende a 20 mil. Além do conceito diferenciado da Brusa, o franchisado terá acesso a formação e software.

Apesar do momento de maior contração na compra de imóveis, Bruno Santos relembra que a Brusa trouxe para o mercado um conceito novo. “Os compradores nunca tiveram uma imobiliária que se compromete apenas a cuidar dos seus interesses. A Brusa veio dizer que ambas as partes precisam do seu agente, como num tribunal necessitam do seu advogado. Como têm interesses distintos e até antagónicos, as partes precisam cada uma do seu assessor imobiliário”.

O diretor-geral da empresa refere ainda que esta é uma tendência que se iniciou nos mercados imobiliários mais maduros, como os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, onde esta forma de atuar recebe o nome de “buyer agency”. “É o futuro do sector”, defende, lembrando ainda que com o sistema Brusa “é possível baixar o preço dos imóveis de 5% a 30%”.

PERFIL Bruno Santos, 45 anos, natural de Espinho, é formado em Gestão Imobiliária pelo ISDE, Madrid. É diretor-geral da Trema Consultores de Franchising e, desde 2013, diretor-geral da Brusa. É docente universitário INUAF – Instituto Superior Dom Afonso III e da UAL – Universidade Autónoma de Lisboa. 

A Brusa surgiu no seio de uma empresa já com experiência na área imobiliária e de franchising. O conceito foi sendo formatado e foi posto em prática em 2013, com sucesso. Segundo os seus promotores desde início que se revelou um modelo de negócio rentável, “por um lado porque é inovador e, por outro, porque permite obter a mesma rentabilidade com um mínimo de custos”, esclarece Bruno Santos. 

Fonte: Revista Invest

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.