A Câmara de Lisboa conseguiu vender os 24 prédios devolutos que levou ontem a hasta pública por pouco mais de seis milhões de euros. O leilão, que contou com 229 candidatos, transformou-se numa maratona que durou mais de 12 horas.
Alguns candidatos apresentaram propostas para mais do que um prédio: no total a hasta pública contou com cerca de 1.500 lanços.
No final, todos os imóveis foram arrematados por um valor 105% superior à base total de licitação, que era de cerca de três milhões de euros. A autarquia conseguiu assim encaixar o dobro do dinheiro (6.084 milhões de euros).
Desta vez, o leilão foi realizado ao abrigo do "Reabilita Primeiro Paga Depois", programa que consiste na venda de edifícios municipais devolutos e que obriga o comprador a fazer obras de reabilitação, permitindo-lhe em troca adiar o pagamento até ao termo do prazo contratual, que varia entre 18 e 28 meses (prazo que tem em conta o licenciamento, execução das obras e colocação do imóvel no mercado). Quem opte pelo pagamento no acto da escritura tem um desconto de 10% sobre o valor arrematado.
Esta é já a terceira hasta pública da Câmara de Lisboa nas últimas três semanas. A 2 de Outubro foram a leilão uma série de terrenos, entre os quais um contíguo ao Hospital da Luz. O leilão ficou vazio e nem mesmo a Espírito Santo Saúde, que mostrou interesse, pôde licitar por estar na altura sob uma oferta pública de aquisição.
Na semana passada, a autarquia pôs à venda 14 prédios, a maioria na baixa pombalina, e conseguiu arrecadar 21,6 milhões de euros. O mais caro, na Rua do Ouro, foi disputado entre o Fundo de Pensões do Banco de Portugal e um investidor chinês, que acabou por arrematar o imóvel por 7,3 milhões de euros.
Fonte: Económico
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