02 outubro 2014

Comércio de rua com aumento generalizado de rendas


Dentro do retalho, o comércio de rua é o setor de atividade com maior atividade. As zonas prime de Lisboa são as mais procuradas.
O comércio de rua está a inflacionar as rendas de mercado, afirmam os analistas da consultora Cushman & Wakefield (C&W). As marcas de referência estão a encontrar grandes dificuldades na procura de espaços que correspondam aos critérios de seleção. A alteração da lei do arrendamento está a surtir os primeiros efeitos.

A C&W realça que as rendas prime dos centros comerciais estão a recuperar após uma quebra que aconteceu, pela primeira vez, no ano passado. A zona do Chiado, em Lisboa, mantém a tendência de crescimento. Em termos globais a correção da oferta futura irá manter-se, pois até final do ano apenas está previsto a conclusão do Alegro Setúbal. Os promotores estão concentrados em valorizar os seus ativos, enquanto se assiste à recuperação de centros comerciais. Os retail parks são vítimas da fraca afirmação em Portugal, salientam os analistas. Por outro lado, os factory outlets centres estão a passar por processos de captação dos consumidores.

A nível de escritórios, o Market beat do outono refere que se regista um aumento da atividade, e aumento dos volumes transacionados. A otimização dos custos de ocupação mantém-se como principal impulsionador da procura, durante o primeiro semestre, os 41 mil m2 aborvidos significaram mais 61% do que no período homólogo do ano anterior e mais 10% do que a média dos cinco anos anteriores. A taxa de desocupação global mantém-se nos 12,4%, sendo que os promotores preferem um pré-arrendamento de espaços. O corredor oeste é a zona com maior desocupação, cerca de 20,3%, enquanto no Parque das Nações a desocupação melhorou para os 10,7%.

Durante o primeiro semestre apenas foi concluído um projeto, promovido pela Temple. A C&W refere que prevalece a atitude cautelosa dos promotores, sendo que até final de 2016 estão projetados 36.600 m2, dos quais 90% estão em construção. Em termos de rendas constata-se uma estabilidade face a 2013. Na zona prime CBD registaram-se alguns aumentos, mas a média manteve-se, enquanto no Parque das Nações as rendas prime mantiveram-se e a média caiu. Referem os mesmos analistas que os proprietários continuam a optar por competir através da oferta de incentivos.

Ao nível da indústria e logística constata-se uma maior atividade, sendo que a procura é motivada pela otimização dos custos de ocupação. A oferta futura está estagnada, com um menor número de promotores ativos no mercado e as rendas registam uma quebra generalizada.
Fonte: OJE

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