25 outubro 2014

Imobiliário rende mais em Lisboa


The Edge Group representa a TCP Brokerage, plataforma internacional de investidores. Com os investidores no sector imobiliário de olhos bem abertos à procura de boas oportunidades de negócio, seja em que canto do mundo for, a entrada numa rede com representações em múltiplos países e conhecimento local aprofundado pode ser uma vantagem assinalável. É nesta perspetiva que reside o otimismo com que o The Edge Group (TEG), conjunto de holdings de investimento e capital de risco lideradas por José Luís Pinto Basto, encara a sua recente filiação na TCP Brokerage, uma rede de consultores e investidores com sede em Frankfurt, na Alemanha, e presença em 17 países e regiões. 

"Esta parceria poderá dar acesso - não apenas a nós, mas a todo o mercado português - a uma série de investidores internacionais, incluindo de países que não atuam tradicionalmente entre nós", salienta o administrador do TEG. 

Na verdade, as representações da TCP Brokerage incluem paragens tão distintas quanto Singapura, Israel, Médio Oriente, Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Hong Kong, Dubai, Pacífico, Espanha, Israel, Austrália... Uma vasta rede de especialistas do sector imobiliário que aconselha e apresenta produtos chave na mão à medida das necessidades de investidores e grandes multinacionais.

Segundo informação da própria TCP Brokerage, nos últimos cinco anos os seus profissionais terão estado envolvidos no fecho de transações no valor de cerca de €2,5 mil milhões. 

"As representações locais são relativamente pequenas, mas existem em 17 países e são compostas por pessoas de larga experiência na área do imobiliário; ou seja, é uma rede grande de pequenas estruturas e pretende-se que seja ágil e capaz de responder com eficiência e rapidez às necessidades específicas de cada mercado", explica José Luís Pinto Basto. 

Melhor que Londres, Paris ou Madrid 

A entrada em Portugal da TPC Brokerage não acontece agora por acaso. Há todo um mercado em ebulição, com ativos a chegar - por exemplo, por via do processo que afeta o BES - e outros, antigos, que foram aumentando o seu valor concorrencial... 

"Acima de tudo, acho que é um bom sinal", enfatiza José Luís Pinto Basto, concretizando: "O mercado do investimento imobiliário esteve completamente parado, mas está a retomar, já se vê até mais do que investidores oportunísticos e já se começa a ver compradores para níveis quase equiparáveis a antes da crise". 

Ora, o regresso dos investidores institucionais acontece porque "acham que o mercado começa a ter novamente uma estabilidade que lhes dá confiança". E porque sabem que há bons negócios a fazer. 

"Se pensarmos que a dívida pública a 10 anos tem andado à volta dos 3% e que comprar um edifício no centro de Lisboa, em zona prime, pode remunerar o investidor em cerca de 7%... É muito isso que os investidores internacionais analisam e, se calhar, yields de 7% já não se conseguem encontrar em Londres, Paris ou Madrid", faz notar José Luís Pinto Basto. 

Quanto ao fator BES, "o movimento de regresso dos investidores internacionais começou antes dessa situação específica, mas claro que ela vai ajudar esse movimento ao trazer para o mercado mais oportunidades de negócio e de investimento em condições atrativas". 

Segundo o CEO do TEG - grupo que detém as cadeias de ginásios Fitness Hut e de supermercados Brio e recentemente comprou as galerias comerciais Twin Towers -, a parceria surgiu por iniciativa da TCP, que escolheu o Edge Group de entre um conjunto de outras opções. José Luís Pinto Basto orgulha-se do desfecho e tem uma ideia clara sobre as razões que poderão ter estado na base da escolha: "Desde logo, por termos uma tradição de alguma especialização na área do chamado commercial property (tudo o que é imobiliário de rendimento, incluindo, portanto, escritórios, retail e hotelaria), que é exatamente o mercado em que a TCP se pretende focar. Por outro lado, nós talvez nos tenhamos mantido, durante esta crise, como um dos grupos mais ativos e até em crescimento. Sem esquecer, ainda, o facto de termos uma mediadora imobiliária, a Edge Brokers. Tudo isto, em conjunto, ajudou". 

A parceria "encaixa completamente na nossa estratégia e traz uma grande complementaridade". Traduzida em vantagens. "Traz-nos um alinhamento internacional com multinacionais que precisam de soluções imobiliárias, quer seja para deslocar a empresa já a funcionar em Portugal ou para trazer uma empresa para o nosso país, e daí também podem advir oportunidades interessantes porque o que a TCP pretende é arranjar soluções chaves na mão para as necessidades destes inquilinos". Ou seja, "podemos adquirir o edifício, fazer as obras dentro de um plano adaptado às necessidades da empresa e, finalmente, arranjar um investidor que compra o edifício e se torna o senhorio dessa multinacional". Uma oportunidade para "fechar o círculo imobiliário". Com o aliciante extra de que "ao nível do mercado de investimento, esta parceira abre-nos portas para investidores que podem estar interessados em participar nos nossos próprios projetos". 

Ainda assim, as vantagens não serão um exclusivo para guardar no cofre, garante José Luís Pinto Basto: "Obviamente que não fizemos esta parceria para trabalhar unicamente para nós; iremos estar abertos ao mercado e interessados em trazer investidores para outros projetos que não sejam nossos, sempre dentro desta especialização na propriedade comercial".

Fonte: Expresso

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