A Lei do Arrendamento poderá ter facilitado o mercado das rendas, "uma vez que os senhorios tinham mais confiança na possibilidade de despejo por falta de pagamento", afirma o presidente da APEMIP, Luís Lima, mas, diz, "o que teve mais peso foi a dificuldade de obtenção de crédito". E lembra, "há quatro anos, a procura para compra era de 70%, há ano e meio era de 30% e o resto era para arrendamento".
Em Portugal, há 152 mil casas arrendadas por mensalidades inferiores a 50 euros, o equivalente a 20% do total dos 769 mil imóveis arrendados, de acordo com um estudo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Luís Lima chama a atenção para outro facto: "O mercado sente o problema do valor da oferta e do valor que as pessoas procuram, ou seja, as rendas são muito elevadas para aquilo que as pessoas procuram, mas é um mercado que recuperou". O mercado de compra e venda tem estado a recuperar nos últimos quatro trimestres, "ainda em valores muito baixos, mas positivos", afirma.
Para isso contribuiu "a incerteza que se vive no setor financeiro. Ou seja, muitas pessoas que tinham dinheiro aplicado estão à procura de casas para comprar e posteriormente colocar no mercado de arrendamento".
Quanto a lojas e a escritórios, "a oferta ainda é muito maior do que a procura", concluiu.
Fonte: Dinheiro Vivo
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