É preciso apostar na reabilitação urbana para fazer face às lacunas da oferta no mercado português de escritórios. A convicção é de Pedro Rutkowski, CEO da consultora imobiliária Worx.
A empresa tem 150 mil metros quadrados disponíveis para comercializar, com uma procura de 80%. A crise e a falta de financiamento bancário levaram o mercado a "registar escassez de escritórios de qualidade nos centros da cidade", diz.
Em média, uma empresa portuguesa ocupa 350 m2. Contudo, "temos pedidos para áreas de 12 mil ou 14 mil m2, que são difíceis de encontrar". A solução pode passar pela readaptação de edifícios antigos, mesmo que o preço a pagar seja maior. Os investidores internacionais - entre fundos e privados - estão dispostos a investir. "Não exigem urna rentabilidade tão elevada para cobrir os custos", explica.
"O investidor não é coleccionador de imóveis, o que quer é criar mais-valia", defende. A vantagem está em arrendar Os espaços a empresas nacionais, vendendo o ativo aos investidores, garantindo assim maior segurança à operação. Rutkowski acredita que o mercado está mais dinâmico, não porque os preços tenham descido, mas antes porque se verificou "a possibilidade de comprar determinados ativos emblemáticos que nunca estavam à venda", motivada pela maior disponibilidade dos proprietários.
Perante o crescente investimento estrangeiro no País, defende: "Não podemos ser proteccionistas". Pelo contrário, acredita que deviam ser criadas condições para reforçar a confiança. "Há questões do ponho de vista fiscal que são muito penalizadoras. O investidor não está acostumado a que haja muitas alterações anuais num pais onde investe com determinadas condições", exemplifica.
Fonte: Negócios
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.