08 outubro 2014

Rendas na habitação caíram 14% nos últimos quatro anos


Arrendar casa sai hoje 14% mais barato do que há quatro anos. Este número resulta do mais recente indicador que pretende medir a evolução dos preços do arrendamento em Portugal lançado ontem pelo Confidencial Imobiliário. A região de Lisboa, onde são praticadas as rendas mais elevadas, foi onde se assistiu à maior descida de preços. Segundo este Índice de Rendas Residenciais, a queda dos preços na capital ronda os 2 0 % entre 2010 e o final do segundo trimestre deste ano.

Os dados divulgados durante a Conferência de inauguração do Salão Imobiliário de Portugal (SIL) mostram que a maior quebra das rendas contratadas ocorreu sobretudo entre o terceiro trimestre de 2012 e o primeiro trimestre de 2013, altura que coincide com a entrada em vigor do novo regime do Arrendamento Urbano. De acordo com o Confidencial Imobiliário, nesse período o valor das rendas reduziu-se 6%. Contudo, os dados mais recentes apontam para urna estabilização de preços do arrendamento, sendo que no segundo trimestre de 2014 foi registada uma subida homóloga de 0,5% nos valores praticados. No caso dos imóveis arrendados na capital, a estabilização na evolução das rendas iniciou-se no terceiro trimestre do ano passado, acumulando desde essa altura uma recuperação de 1,4%. 

Ricardo Guimarães, director do Confidencial Imobiliário, salienta que a queda nas rendas traz um benefício para as famílias" e que "a sua estabilização abre a porta aos investidores, cuja acção é essencial para assegurar um saudável equilíbrio do mercado".

O novo índice do Confidencial Imobiliário, que conta com o apoio do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, acompanha o valor dos novos contratos de arrendamento celebrados em Portugal, traduzindo a evolução das rendas no mercado de renda livre ao longo do tempo. A base para o apuramento deste índice é o SIR - Sistema de Informação Residencial, que reúne informação de cerca de 18 mil contratos anualmente, reportados para este sistema pelas principais redes de mediação imobiliária a actuar em Portugal, mas também pela Associação Lisbonense de Proprietários e pelo IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

Fonte: Económico

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