Em Dezembro, os créditos à habitação tinham uma prestação média de 255 euros. Deste valor, 75% é relativo a amortização de capital. Dezembro foi um mês de boas notícias no que diz respeito ao crédito à habitação. Pelo quinto mês consecutivo, a taxa de juro aplicada recuou e atingiu o valor mais baixo de sempre. Com isso aumentou a componente da prestação que extingue a dívida. Aliás, nunca as famílias amortizaram tanto do seu empréstimo da casa.
Os dados do INE revelaram que a taxa implícita, que engloba os encargos relativos a juros e "spread", do total dos créditos à habitação tocou, em Dezembro, no nível mais baixo de sempre: 1,365%. Até Agosto, esta taxa tinha vindo a aumentar. Mas completou agora uma série de cinco meses consecutivos de queda.
Esta evolução tem contribuído para a diminuição do encargo com juros e consequente aumento do valor amortizado do empréstimo. Em Dezembro, os créditos à habitação tinham uma prestação média de 255 euros, a mais baixa desde que o INE, começou a recolher estes dados, em 2003. Deste valor, 191 euros, ou 75% é relativo a amortização de capital, a percentagem mais elevada também desde que há registos. Apenas uma pequena parte da mensalidade (25%) era relativa a juros. Uma tendência para a qual tem contribuído sobretudo a queda das Euribor, o principal indexante utilizado nos empréstimos para a compra de casa, para mínimos históricos.
Paralelamente, tem diminuído também o capital em dívida no crédito à habitação. No último mês do ano passado, este valor era em média de 56.664 euros. Este é o valor mais baixo desde Dezembro de 2008, período que antecedeu a crise. Além disso, desde Agosto de 2011 que o valor do capital em dívida recua todos os meses. Face a Dezembro de 2013, a diminuição é de 1.155 euros, a maior de sempre. Uma evolução que é também justificada pelo facto de, nos últimos anos, ter vindo a diminuir a concessão de empréstimos.
Fonte: Negócios
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