A dinamização do investimento é o único caminho que, no atual contexto, pode ser seguido por Portugal, com vista ao seu desenvolvimento, em 2015. Competitividade, eficiência do Estado, internacionalização e exportações, emprego, são os objetivos a atingir e para tal, o investimento em Imobiliário é incontornável para que possamos atingir as metas estabelecidas e gerar um desempenho económico capaz de fazer a diferença e, sobretudo, refletir-se numa melhoria efetiva da generalidade dos cidadãos e das empresas.
Refiro-me uma visão global do investimento imobiliário, e não uma perspetiva redutora, responsável por preconceitos que apenas serviram para colocar mais entraves ao nosso desenvolvimento coletivo. Veja-se os resultados do Programa de Vistos Gold e do Regime de Tributação de Residentes Não Habituais que, em conjunto com o demais investimento estrangeiro em imobiliário habitacional e não habitacional, foram responsáveis por se terem atingido os 2,6 mil milhões de euros aplicados por estrangeiros neste domínio, em 2014, ou a dinâmica da Reabilitação Urbana que, apesar de ainda não assumir a dimensão que se exige, terminou o ano com indicadores muito positivos. Não se trata, apenas, da entrada de capitais no nosso País e de acrescidas receitas fiscais, mas também da dinamização de muitas outras atividades, como o comércio ou o turismo, e da consequente criação de emprego.
De igual modo, note-se a crescente perceção positiva que Portugal tem alcançado no exterior, para cuja consolidação foi essencial a conjugação de fatores aos quais ninguém e sobretudo os potenciais investidores podem ser indiferentes.
Uma incomparável relação preço/qualidade do imobiliário, assente na qualidade construtiva e arquitetónica, vias de comunicação de excelência, uma localização geográfica ímpar, na ligação entre a Europa e o resto do mundo, mas também a segurança, o ambiente social e o património cultural e histórico ímpar, tudo justifica a nossa destacada posição em rankings tão diversos como aqueles relativos à beleza do País, às condições de vida para reformados, ou ao turismo, mas que, igualmente, nos tornam um destino preferencial para investimentos na área industrial.
O reforço do investimento público sempre será necessário. A execução dos fundos comunitários ainda por utilizar provenientes do QREN a que se junta o Portugal 2020 e o Plano Juncker, são instrumentos que o nosso Governo não pode desperdiçar. Os objetivos, como já referi, são bem claros e o investimento do Estado é, tal como sucede na generalidade das economias, um incontornável fator promotor da confiança dos particulares.
Reafirmo a minha convicção de que o crescimento assentará, em 2015, no mercado imobiliário, através de um novo ciclo de investimento privado, direcionado em grande parte para vetores que já são marcadamente visíveis, mas que é imprescindível fortalecer. Está em causa o reforço do fluxo de investimento estrangeiro, seja com fins habitacionais, para comércio, turismo ou indústria, a aposta na Reabilitação Urbana e, fruto da orientação estratégica europeia e dos programas de incentivo que se espera ver incluídos no Portugal 2020, o investimento na sustentabilidade e na eficiência energética do edificado.
Por Reis Campos, Presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário
Fonte: Público
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