06 fevereiro 2015

Transcções de imóveis seguem em fase crescente


Depois da queda na venda de imóveis, 2013 foi ano de viragem e em 2014 o aumento nas transações foi ainda mais visível. Desde 2010 que o mercado imobiliário tem vindo a sofrer mutações. Em dois anos assistiu-se a um decréscimo acentuado no número de transacções de imóveis e só em 2013 se verificou um ligeiro crescimento. Em 2014 esse aumento foi ainda mais visível.


Outra mudança disz respeito ao aumento das transacções em imóveis usados, em paralelo com o decréscimo nos novos. Também o arrendamento, que teve algum dinamismo nos anos de 2011 e 2012, a partir de meados de 2013 e até 2014 voltou a perder expressão, dando lugar à primazia da compra de habitação.

Segundo o Catálogo de Estudos da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal - III Trimestre de 2014 e de acordo com o Índice de Preços na habitação (IPHab), nota-se um decréscimo dos alojamentos familiares transacionados de 2010 a 2012, com um ligeiro crescimento em 2013. Registou-se ainda um crescimento da representatividade de imóveis existentes versus diminuição de imóveis novos. Traduzindo em números, em 2009 cerca de 63% dos alojamentos familiares transacionados eram usados, em 2013 esse valor passou a ser de 73%. Por trimestre, observou-se um adensar de otimismo a partir do final de 2013. 

Já no segundo trimestre de 2014 ocorreram 19.637 transações de alojamentos, mais 1,9% que em idêntico período do ano anterior (+1,0% e +4,5% no caso de alojamentos existentes e novos, respetivamente). O dinamismo do mercado tem sobretudo sido induzido numa escala menor pelos residentes habituais e em grande escala pelos instrumentos legais, nomeadamente vistos gold e regime fiscal dos residentes não habituais.

Centrando a análise na evolução de Preços, de acordo com o INE, entre o primeiro e o segundo trimestre de 2014 o IPHab registou, pelo quarto trimestre consecutivo, uma taxa de variação de sinal positivo (1,6%). Os aumentos de preços nos alojamentos existentes (1,7%) foram superiores aos observados nos alojamentos novos (1,5%).

Compra continua a merecer a preferência dos portugueses

Ainda segundo o estudo da APEMIP, em 2014, começou a denotar-se uma diminuição da representatividade dos imóveis para arrendamento em oposição aos destinados a aquisição. 

De facto, verifica-se por parte dos indicadores de confiança dos consumidores uma ligeira melhoria, «Começa a observar-se alguma movimentação por parte dos departamentos comerciais da banca, incentivando a concessão de créditos direcionados ao segmento residencial. Nos primeiros nove meses do ano corrente, podemos verificar que 50,2% das pesquisas efetuadas foram para compra de imóvel, enquanto 48,9% direcionavam-se para o arrendamento», lê-se no documento.

O índice IPHab tem como principal objetivo medir a evolução dos preços dos alojamentos familiares adquiridos no mercado residencial em Portugal. O IPHab é compilado através de informação administrativa fiscal anonimizada, enviada pela Autoridade Tributária e Aduaneira ao abrigo de um Protocolo celebrado com o INE, referente ao Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP / SOL

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