24 abril 2015

Emissão de certificados energéticos aumentou 134% em 2014


No ano passado foram emitidos 180 mil registos do através do Sistema de Certificação Energética, um aumento de 134% em relação a 2013. O ano de 2014 foi marcante para as empresas de certificação energética, devido à obrigatoriedade, desde Dezembro de 2013, de se ter um certificado no momento de anunciar a venda e arrendamento de um imóvel. Por isso não é de estranhar que se tenha verificado um crescimento de 134 %, face ao ano de 2013.


Entre Janeiro e Dezembro do ano passado, mediante informação facultada pela ADENE, foram emitidos cerca de 180 mil registos pelo Sistema de Certificação Energética (SCE). No total, entre Junho de 2007 e o final do ano passado foram efetuados cerca de 817 mil certificados.

A classificação do desempenho energético do edificado nacional continua amplamente centrada nos prédios residenciais, que representam aproximadamente 89% do total de registos emitidos. Considerando apenas o ano de 2014, essa representatividade foi de 87%.

Classes C e B mais comuns

De acordo com o Catálogo de Estudos de Mercado da APEMIP relativamente ao IV Trimestre de 2014, no período de 2007 a 2014, observou-se, que as classes energéticas mais representativas no segmento residencial são a classe C (26,4%) e a B (18,7%). Já nos serviços, a classe com maior número de ocorrências é a G (23%), dado que se trata de uma categoria que contabiliza muitas ocorrências nos 'Pequenos Edifícios de Serviços Sem Sistema (s) de Climatização' - 26,2% no caso deste tipo de imóveis apenas.

Ainda nos serviços, nos 'Grandes Edifícios de Serviços' e nos 'Pequenos Edifícios de Serviços Com Sistema(s) de Climatização', a classe mais representativa é a B-, com cerca de 40,6% e 36,3% de ocorrências, respectivamente.

Voltando ao segmento residencial, observa-se que, da totalidade dos imóveis certificados 36,3% incidem na tipologia T3 e 32,7% na T2, mais de dois terços do total dos imóveis de habitação.

Não havendo esse esquema de tipologias nos serviços, a certificação energética domina completamente nos 'Pequenos Edifícios Sem Sistema(s) de Climatização', com 87,9% do total de registos.

Grandes centros dominam certificação

Por distrito, entre Junho de 2007 e Dezembro de 2014, no que refere ao número de certificados emitidos, os centros urbanos de Lisboa (26,7%), Porto (15,7%), Faro (11,3%), Setúbal (9,9%) e Braga (5,8%), destacaram-se no que se refere ao número de certificados energéticos emitidos para imóveis de habitação. Apenas estas cinco áreas do país concentraram 69,4% do total de registos para o segmento residencial.

Nos serviços, junta-se mais um centro a este top - Aveiro - mas os números são semelhantes. Lisboa (29,2%), Porto (18,3%), Setúbal (8,5%), Faro (7,9%), Aveiro (5,5%) e Braga (5,3%), têm uma representatividade de 74,8% no total de certificados emitidos para imóveis para serviços.

Ainda na análise por distritos, mas tendo em conta a classe energética mais eficiente, na categoria A, destacam-se, Bragança (24,3%) e Vila Real (23%) para habitação; e nos serviços os distritos da Guarda (27,4%) e Bragança (24,1%), destacaram a classe energética B- como sendo a mais eficiente, comparativamente aos demais distritos no segmento referenciado. 

As classes menos eficientes - E para as residências e G para os serviços - são encontradas em Portalegre (28,1%) e Guarda (21,7%) para habitações, e Porto (42,4%) e Santarém (39,6%) para imóveis de serviços.

Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP / SOL

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