14 abril 2015

Recorde à vista no investimento imobiliário


O mercado português está agora na mira de novos investidores globais. Para 2015 espera-se um volume de negócios a rondar os €1,5 mil milhões. Investidores norte-americanos, chineses e brasileiros estão a dar um novo impulso ao mercado imobiliário português, sobretudo na zona de Lisboa.


De acordo com Pedro Lancastre, diretor-geral da consultora imobiliária JLL, para 2015 espera-se uma onda de compras de imóveis no sector terciário (escritórios e espaços comerciais) por parte de grupos de investidores que há dois anos não apostavam em Portugal. "Estávamos mais habituados a grandes compradores originários sobretudo da Europa, mas agora o leque abriu-se e Portugal já é procurado por investidores de outras latitudes". 

O gestor admite, inclusivamente, que este ano deverá ser batido o recorde de 2007 (€1,4 mil milhões), em termos de volume de negócios, podendo atingir-se os €1,5 mil milhões. Recorde-se que em 2014 o sector faturou perto de €900 milhões (mais do dobro do ano anterior). Em resumo, o imobiliário está de novo a crescer depois de vários anos de crise, em grande parte devido ao excesso de liquidez que atualmente existe nos mercados financeiros em geral e à falta de melhores opções nos ativos de refúgio tradicionais, como o mercado bolsista, dívidas soberanas ou mesmo o ouro. O investimento na 'pedra' volta a atrair a atenção dos grandes fundos de investimento e investidores em geral. 

Para além dos escritórios, há um apetite especial pelos centros comerciais e até grandes supermercados, mas também por portefólios de bens imóveis que estavam na posse de bancos. 

Os preços do metro quadrado em geral estão mais acessíveis que antes da crise e as rentabilidades associadas aos imóveis arrendados "ainda são competitivas e continuam a aliciar um número crescente de grandes investidores para Portugal, que agora entrou definitivamente no radar destes players". 

Ninguém, no sector, arrisca em falar da aproximação de uma bolha no imobiliário, investidores mas a verdade é que a procura começa a intensificar-se e, no caso português, já começa a rarear alguma oferta de certo tipo de espaços, o que pode inflacionar os preços. 

Na área dos centros comerciais, por exemplo, o último relatório da JLL, divulgado a semana passada, garante que, "tratando-se de um mercado maduro e marcado pelo cancelamento de vários projetos nos anos de crise, o pipeline de nova oferta de centros comerciais mantém-se em níveis muito reduzidos e o único projeto atualmente em desenvolvimento é o da IKEA Centres para Loulé, que irá disponibilizar uma área de 90.000 metros quadrados em 2017".

Fonte: Expresso

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