Empresa do setor imobiliário estão mais confiantes e otimistas relativamente aos sinais positivos que vêm do mercado. Durante o ano de 2014, o mercado imobiliário demonstrou um crescente optimismo, confirmando as últimas projecções efectuadas para a economia nacional.
De acordo com os indicadores do Inquérito Mensal de Conjuntura (IMC), divulgados pela APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, a apreciação do mercado imobiliário, por parte das empresas de mediação imobiliária participantes registou em 2014 um optimismo, sobretudo nos meses de Janeiro e Julho.
Luís Lima, presidente da APEMIP, adianta que o mercado imobiliário português revelou um extraordinário comportamento no decorrer do ano de 2014: «As empresas de mediação imobiliária sentiram este positivismo do mercado, o que se traduz nos números do IMC».
O responsável refere ainda que, muito embora este impulso tenha sido dado pelo investimento estrangeiro, a confiança criada acordou também o mercado interno, o que se reflectiu desde logo nos índices da procura: 55,2% das pesquisas efectuadas no último trimestre de 2014, dirigiram-se para a compra de imóveis, enquanto apenas 42,5% se direccionaram para o mercado de arrendamento urbano.
De acordo com o Catálogo de Estudos de Mercado da APEMIP, relativamente ao IV Trimestre de 2014, a atuação no mercado imobiliário das Empresas de Mediação Imobiliária apostou na diversificação dos diferentes segmentos, à semelhança de anos anteriores. Da totalidade dos inquiridos cerca de 61% atuava entre quatro a seis segmentos de mercado.
Por outro lado, com alguma representatividade 14,8% mencionava que atuava num único segmento. O sector Residencial estava representado em 98,9% das empresas, 71,8% tinham imóveis de Comércio no seu portefólio; e 71,2% atuavam nos Terrenos Urbanos. O segmento que na generalidade registou um menor nível de concentração das empresas de mediação imobiliária foi a Indústria, com 33,5%.
A evolução de valores praticados é mais optimista para grande parte dos inquiridos, comparativamente com o mesmo período de 2013, quer em termos médios, quer nos diferentes segmentos em análise. Isto apesar de se ter verificado uma ligeira quebra nos meses de Junho e Julho.
Ainda segundo o estudo, as expectativas gerais das empresas de mediação imobiliária têm vindo a melhorar. Apesar da quebra observada no mês de Novembro, verifica-se um sentimento claramente mais optimista, principalmente no mês de Agosto, para o qual contribuíram os fluxos turísticos e os mecanismos legais que impulsionaram a procura, sobretudo a de cariz internacional.
Quanto aos obstáculos encontrados pelas empresas de mediação em 2014, destacaram-se os particularmente associados ao sector económico. 76,3% dos inquiridos referiram a restritividade na concessão de crédito à habitação; 70,3% destacaram a instabilidade no mercado imobiliário; e 66,7% lembraram a diminuição do poder de compra das famílias.
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP / SOL
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