28 abril 2015

Variável ou fixa? Qual a melhor para o seu crédito


As Euribor estão em mínimos históricos. E estão mesmo a negociar abaixo de zero: estão negativas, o que permite financiamentos baratos. Mas tal como estas taxas, variáveis, também as fixas estão em mínimos. Pode ser uma boa oportunidade, mas tem alguns contras.
Está à procura de casa para comprar? Muitos portugueses estão, procurando tirar partido do contexto de juros baixos que levou as Euribor para mínimos históricos: estão em "terreno" negativo, até no prazo a três meses. Ver os juros descontar aos "spreads", que ainda estão elevados, é atractivo. Mas um crédito para a casa é a muito longo prazo. Por isso, faça as contas antes de ficar agarrado ao sobe e desce dos juros. Ancorar a taxa pode ser, actualmente, a melhor opção.

-0,002%. É este, até agora, o valor mais baixo atingido pela Euribor a três meses, taxa à qual estão indexados 42,9% dos empréstimos à habitação em Portugal (51% dependem da Euribor a seis meses). Um nível nunca visto que é tentador para quem está, agora, à procura de casa: faz com que a prestação seja mais baixa. É um juro imbatível, mas estes níveis não vão durar para sempre. E "o custo de oportunidade de optar por uma taxa fixa é agora menor", diz Filipe Garcia, economista da IMF.

Se as Euribor estão em mínimos, também as taxas que são utilizadas como base para os juros fixos estão no nível mais baixo de sempre. As taxas "swap", como são conhecidas, a cinco anos, por exemplo, estão a ser transacionadas a 0,21% (chegaram, nas últimas semanas, a 0,17%). Mesmo a 10 anos ficam pouco acima de 0,5%. E em prazos como a 20 anos ficam-se pelos 0,75%, chegando a 0,8% a :30 anos. É bem mais elevado do que a taxa variável, mas isso é agora. A média da Euribor nos últimos cinco anos é de 0,6%, mas se se considerar todo o prazo desde a sua criação ascende a 2,33%. 

Perante estes juros, e sendo o crédito para a compra de casa habitualmente um financiamento de muito longo prazo, poderá ser vantajoso aproveitar o contexto para fixar a taxa do crédito. Poderá pagar menos pelo empréstimo, no final, embora tenha de suportar custos mais altos no início. Mas o que perde à cabeça poderá compensar com a previsibilidade dos encargos: a prestação não mexe.

Mais custos 

Além de avaliar se está preparado para enfrentar custos mais altos no início do crédito, altura em que o montante em dívida é, ainda por cima, superior, quem está a ponderar entre taxa variável ou taxa fixa no crédito deve também ter em conta que existem diferenças nas comissões, nomeadamente no que toca às amortizações. Num empréstimo com taxa variável, a lei diz que os bancos não podem cobrar uma penalização superior a 0,5% sobre o capital em dívida a amortizar. No caso dos créditos com taxa fixa, essa taxa é quatro vezes superior: 2%.

Fonte: Negócios

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