Uma nova dinâmica que vale mais pelo carácter excepcional do que pela poupança gerada. Quem tenha um ‘spread' de 1%, por exemplo, verá a sua taxa anual cair para 0,99%. Ou seja, na prática, uma família que reveja o valor da prestação em Junho, e tenha como indexante a taxa Euribor a três meses, verá a sua mensalidade cair cerca de 0,8% face à última revisão. Ou seja, pouco mais de 2,60 euros, no caso de um empréstimo de 100.000 euros, a 30 anos, com um ‘spread' de 1%. Já quem tem o crédito indexado à taxa a seis meses ou a 12 meses, não terá indexantes negativos mas terá uma poupança maior a partir de Junho.
Ao contrário da taxa a três meses, que atingiu um valor médio de -0,01% em Maio, a média da Euribor a seis meses segue ainda em terreno positivo. Atingiu os 0,058% este mês, o que valerá uma descida em torno de 1,7% para as famílias que revêem a prestação em Junho. Serão no entanto aqueles que optaram pela taxa Euribor a 12 meses quem sentirá o maior alívio na factura ao final do mês. A média deste indexante caiu de 0,596% em Maio de 2014 para os actuais 0,166%, o que se irá reflectir na maior queda mensal da prestação em dois anos. Estas famílias sentirão um alívio na prestação de 5,8% face ao que vinham a pagar nos últimos meses.
Recorde-se que, em Março, o Banco de Portugal foi forçado a intervir, no sentido de clarificar a obrigação dos bancos reflectirem as taxas negativas dos indexantes no crédito.
Fonte: Económico
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