11 junho 2015

Promoção com ânimo renovado em zonas prime


Escassez de oferta desperta interesse em zonas como Expo e centro de Lisboa. Habitação, escritórios e turismo entre os segmentos mais procurados. A necessidade de encontrar novos focos de oferta em determinados mercados, como o segmento residencial em zonas prime, tem contribuído para reanimar a promoção imobiliária. Esta estimula assim o reacender do interesse por terrenos para construção, a que se junta a dinâmica crescente em redor da reabilitação urbana, propiciada pelo investimento externo.


Este foi, aliás, determinante para a dinamização do segmento residencial de gama alta, sustentado no quadro de incentivos fiscais, bem como outros programas de apoio ao investimento. 

O mercado vivia um período de estagnação, fruto da crise económica e conjuntural, pelo que o stock imobiliário em Portugal, especialmente em determinados produtos prime, tivesse dificuldade de escoamento no mercado interno. 

Com a introdução do programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento (ARI), os investidores passaram a olhar o mercado português com mais atenção, realçando as suas verdadeiras qualidades, o que estimulou também o mercado interno.

Nesse contexto, o segmento residencial foi um dos que concentrou mais atenções desde a introdução do programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento (ARI), tendo-se registado um forte aumento da procura por parte de investidores estrangeiros por este mercado. No caso do investimento externo, o impulso aplicado foi indispensável para o mercado imobiliário português. 

Promoção conhece novo impulso 

Numa análise mais fina, Ramiro Gomes, responsável pelos Grandes Imóveis Sul, da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium BCP, referiu que “no mercado imobiliário em geral, o segmento de terrenos para construção foi aquele que sofreu de forma mais clara e dura os efeitos da crise observada nos últimos anos”. 

Aliás, reforça, “arriscamos dizer que este segmento de mercado esteve quase paralisado desde há cerca de quatro anos até ao último ano”, tendo neste período “sido observada uma procura e início de investimento em promoção e reabilitação imobiliária”. 

O crescimento da procura “tem diversas origens”, reporta: “Desde investidores internacionais, até promotores nacionais que começaram a identificar oportunidades, face à escassez de produto que se verifica em algumas localizações. Falamos, nesta altura, essencialmente de procura para localizações prime, como a zona mais central de Lisboa e Expo”, rematou.

No que diz respeito a habitação no centro de Lisboa, sobretudo em zonas consideradas prime, Ramiro Gomes recorda que “o mercado, mesmo no seu pior período, sempre funcionou em bom plano, com reforço de procura através de interessados no Golden Visa”, e até “mesmo fora deste segmento”. Aquele responsável aponta investidores de nacionalidades como “brasileiros, franceses”, entre outros, como dinamizadores do mercado. 

Este movimento conheceu tal ímpeto que, “como referido atrás, o stock de habitação em zonas prime de Lisboa, é praticamente inexistente, mesmo tendo em conta o grande incremento da componente de recuperação urbana dos últimos tempos”. 

Neste segmento em concreto, o mercado de reabilitação urbana poderá beneficiar, no sentido de estimular a dinâmica que se espera, a alteração que agora se verifica na legislação dos chamados ‘vistos gold’, pois o mercado português, ao contrário da grande maioria do europeu, tem um grande potencial de investimento neste segmento. 

Ressaltam os centros das principais cidades onde se encontram ainda muitos imóveis degradados, à espera de potenciais investidores que tenham capacidade para levar a cabo este tipo de intervenções que podem ser devolvidas ao mercado em segmentos como o residencial, hoteleiro, o mercado de arrendamento ou turismo residencial. 

Nova Amoreiras e Alta de Lisboa em destaque

Entre a oferta disponível na carteira de ativos do Millennium BCP nas localizações prime de Lisboa, Ramiro Gomes destaca três lotes de terreno para construção de habitação no empreendimento Nova Amoreiras. “Está em causa um bom produto, pela localização privilegiada, bons acessos e meio envolvente”. 

O mesmo responsável salienta ainda dois lotes para construção na Expo, “ambos com projetos aprovados”, um dos quais para hotelaria, sendo o segundo destinado “a escritórios em localização excelente, próximo da Torre Galp”, assegura. 

Ramiro Gomes aponta ainda outras alternativas, “como a Alta de Lisboa, onde o Banco possui um conjunto de boas opções de lotes para construção, com componente de habitação e comércio”.

No segmento habitacional, a oferta inclui diversas frações no empreendimento Nova Amoreiras e outras unidades dispersas, nas zonas da Lapa/Santos, em Belém, entre outras. “No caso da Nova Amoreiras, o empreendimento é conhecido pela sua excelente localização, qualidade de construção e bom gosto. É um espaço ideal para viver, pois, estando no centro da cidade, é muito recatado, sem sofrer do bulício da grande cidade”.

Fonte: Público Imobiliário

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