08 junho 2015

Zonas históricas valorizam em Lisboa e no Porto


Promoção das marcas Lisboa e Porto no estrangeiro tem contribuído para a procura de imóveis. O imobiliário português demonstra actualmente uma tendência de valorização dos montantes médios de avaliação por metro quadrado. E é “expectável” que esta tendência se mantenha, refere Miguel Poisson, director-geral da ERA Portugal.


As zonas histórias têm vindo a ganhar crescente importância neste sector: “Como consequência do aumento da procura e de uma oferta reduzida neste segmento de mercado específico, estamos a registar uma pressão no valor dos imóveis e antecipamos uma progressiva valorização nestas zonas”, acrescenta Ricardo Sousa, administrador da Century 21. 


Este fenómeno explica-se, segundo as mediadoras , devido à forte promoção das marcas “Lisboa” e “Porto”, bem como pela grande aposta “em iniciativas de reabilitação, requalificação e melhoramento” de que as cidades têm vindo a ser alvo. 

A crescente projecção de Portugal no estrangeiro – especialmente como destino de turismo – tem também contribuído para a valorização. “O interesse e a aposta de investidores e de particulares na compra de imobiliário tornou-se uma evidência”, afirma Miguel Poisson, acrescentando que “Lisboa é hoje um destino privilegiado de férias de milhares de cidadãos estrangeiros, mas é também um lugar onde se deseja ficar, viver ou investir.” 

Também Ricardo Sousa considera que a capital “tem conseguido captar o interesse quer de turistas quer de investidores internacionais”. Lisboa é “uma excelente montra de Portugal no mundo e estimula a oportunidade de novos negócios na área imobiliária para o número cada vez maior de turistas que, depois de conhecerem a cidade, optam por adquirir um imóvel no nosso país”. Actualmente, a capital está entre as dez cidades europeias que registam maior interesse por parte dos investidores em imobiliário na Europa. 

Os clientes estrangeiros representam, assim, uma percentagem muito significativa dos que procuram imóveis em zonas históricas. Segundo a ERA, há uma forte predominância de investidores franceses e ingleses, que tendencialmente preferem soluções nestas áreas. Mouraria, Graça, São Paulo, Castelo e Alfama são as preferidas em Lisboa. No Porto destaca-se sobretudo a Baixa. 

Já a Century 21 salienta também os investidores brasileiros como os que mais procuram investir no mercado imobiliário das zonas históricas, referindo ainda que “Lisboa tem beneficiado bastante dos programas golden visa e de residentes não habituais” que originaram um aumento significativo das transacções internacionais.

Zonas como a Mouraria, os Anjos e o Intendente “apresentam actualmente um momento de grande mudança, estimulado pela sua centralidade e facilidade de acesso”. O Chiado, Baixa, Cais do Sodré, Príncipe Real e São Bento já são das zonas mais luxuosas e caras, mas “vão continuar a sê-lo”, tendo em conta a procura constante por imóveis nestas áreas. 

Outras zonas 
Em Lisboa, as zonas das Avenidas Novas, Campolide e Almirante Reis são outras áreas com potencial de crescimento. Também Beato e Xabregas, devido à sua proximidade com o porto de Lisboa, “apresentarão um bom potencial”. No Porto, os investidores devem estar atentos às zonas de Ramalde e Baixa.

Fonte: iOnline

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