29 julho 2015

Reabilitação urbana chegou aos escritórios


Nos últimos anos outra tendência tem vindo a ganhar força no mercado de escritórios: a reabilitação urbana, mais evidente sobretudo no centro da cidade. Para os responsáveis da B.Prime, parecem não haver dúvidas que “a reabilitação dos escritórios já existentes (em detrimento de uma política de rendas baixas) é fundamental para que haja uma rápida colocação” de empresas em Lisboa.


Mas, também aqui se observa uma certa tendência a que os projetos sejam desenvolvidos pelo próprio ocupante, sendo um bom exemplo o projeto que o Fundo de Pensões do Banco de Portugal está a ultimar no edifício Castilho 24 ou, uma vez mais, o novo edifício sede da Abreu Advogados em Santa Apolónia. 

Mas, a verdade é que nos últimos meses também foram anunciados projetos de referência para os quais não é conhecida para já ocupação. E, um dos melhores exemplos é a compra ao Novo Banco de quatro edifícios do quarteirão que une a Avenida da Liberdade com a rua Rosa Araújo pela Perella Winberg Partners, a um preço de 2.900 €/m² para área acima do solo. Um valor que é considerado recorde para um edifício degradado, que será submetido a uma intervenção de reabilitação urbana na qual serão criados cerca de 10.300 m² de escritórios com espaços de retalho nos pisos térreos, segundo informação avançada pela CBRE e JLL. 

Apesar destas intenções de investimento anunciadas nos últimos meses, há ainda um longo caminho a percorrer até que a promoção recupere maior dinamismo. E, o facto é que no seu diagnóstico ao mercado de Lisboa, todos os consultores evidenciam preocupação face ao baixo nível de oferta em pipeline para os próximos anos, que continua em valores mínimos. Pelas contas da JLL, em 2015 deverão surgir no mercado de Lisboa apenas 32.200 m² de novos escritórios, distribuídos por quatro edifícios. Mas, destes apenas 11.100 m², distribuídos por dois edifícios, serão construídos especulativamente, pelo que uma vez mais, “a maioria da nova área que surgir em 2015 é para ocupação do proprietário.

Fonte: Público Imobiliário

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