13 agosto 2015

15 em cada 100 famílias com crédito em falta na banca


São mais de 660 mil as famílias que não conseguem cumprir com as suas obrigações perante as instituições financeiras. Face ao máximo, número encolheu em quase 50 mil. Cerca de 15 em cada 100 famílias portuguesas estavam em falta com as prestações do crédito perante a banca, no final do primeiro semestre. Eram, no total, 660.089 famílias. Um número que representa um aumento comparativamente ao total no final do ano passado, mas traduz uma redução. ainda que modesta, do número de particulares em falta com os financiamentos contraídos.


O total de devedores com crédito vencido aumentou no final de semestre em 1,28% face a Dezembro, de acordo com Os dados da Central de Responsabilidades de Crédito revelados pelo Banco de Portugal. No segundo trimestre, face ao primeiro, encolheu. E reduziu-se em 9.237 famílias face ao mesmo período do ano passado. O número de famílias em falta com a banca estava em 669.327 no final de Junho de 2014. 

"A diminuição do desemprego, a maior prudência por parte de bancos e famílias pode explicar parte dessa variação", diz Filipe Garcia. A taxa de desemprego atingiu, em Junho, os 11,9% segundo o INE. Além disso, o economista da IMF aponta para a evolução positiva da aplicação de medidas de apoio às famílias sobreendividadas. No auge da crise, chegaram a ser 708 mil as famílias com crédito vencido. 

Malparado abranda 

Esta quebra no número de famílias em falta com a banca traduz, essencialmente, a redução dos particulares com crédito vencido no consumo e outros fins que caiu de 604 para 591 mil, já que na habitação praticamente estagnou: passou de 151,6 para 151,7 mil. E nos empréstimos para consumo e para outros fins que o malparado se mantém elevado. Segundo o Banco de Portugal, ascendia a 10,86% e 15,82%, respetivamente, no final de Junho. 

Ainda assim, o crédito malparado encolheu ligeiramente em Junho. Recuou, face ao mês anterior, de máximos históricos, tanto nas famílias como nas empresas. Nas famílias recuou de 4,45% para 4,41%, já nas empresas passou de 15,73% para 15,49%, entre Maio e Junho. As empresas devem 13.224 milhões de euros à banca, montante a que se somam 5.363 milhões das famílias.

Fonte: Negócios

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