01 setembro 2015

Investimento em hotéis na Europa aumenta 85% face a 2014


Os números avançados pela equipa de Hotel & Hospitality da JLL referentes ao primeiro semestre do ano mostram que 2015 deverá ser um ano excecional para o investimento em imobiliário hoteleiro na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África).


O volume de investimento deste 1º semestre na região EMEA cresceu 85% quando comparado com o mesmo período de 2014, atingindo os €13,2 mil milhões transacionados. Este aumento deve-se principalmente ao Reino Unido, que se destaca como mercado líder na região, contabilizando já cerca de 50% de todos os negócios de ativos hoteleiros e com um crescimento excecional de 172% face a 2014. 

Os números semestrais referentes ao investimento em hotéis na Alemanha revelam uma subida de 60%, com os volumes transacionados a atingirem os €1,4 mil milhões. A primeira metade de 2015 tem sido palco de um número significativo de transações quer de ativos únicos quer de portefólios. O maior negócio de portefólios a registar foi a venda de 18 hotéis Accor na Alemanha, como parte de um negócio de venda e de concessão à Event Hotel Group por €150 milhões, enquanto o Hotel Marriott, em Munique, foi apenas um exemplo dos vários negócios de ativos únicos concluídos no 1º semestre.

Capital privado e fundos de investimento continuam interessados em hotéis europeus

O capital privado e os fundos de investimento, particularmente da América do Norte, continuam a selecionar ativamente oportunidades de investimento em ativos hoteleiros na Europa.

No 1º semestre de 2015, os portefólios regionais do Reino Unido mostraram ser particularmente atrativos para os fundos de investimento e para o capital privado Norte-Americano, tendo sido transacionados mais de €1,1 mil milhões (ou seja 57% de todos os negócios de portefólios no Reino Unido) durante este período.

A Lonestar Funds foi o investidor mais ativo no Reino Unido, tendo investido, só este ano, mais de €1,7 mil milhões em mais de 13.000 quartos em Londres e noutras localizações regionais.

“É sem grande surpresa para quem trabalha neste mercado que o capital privado e os fundos de investimento continuam a ter como alvo os hotéis europeus. Este é um mercado em que as yields e o número de visitantes é consistentemente forte; e estamos agora a ver este tipo de investidores a ganhar mais confiança e a começar a olhar para fora das principais cidades e a investir em mercados periféricos e em centros regionais”, disse Christoph Härle, CEO EMEA JLL Hotels & Hospitality.

Capital chinês a entrar na Europa 
A região EMEA está também a assistir a um fluxo de capital chinês a entrar no mercado. “Anteriormente, a elevada carga burocrática para aprovação dos investimentos externos travava os investidores chineses que pretendiam investir mais de $100 milhões no estrangeiro. Mas desde que o Ministério do Comércio chinês alterou as regras, estes investidores têm efetivamente mudado o jogo,” explicou, Christoph Härle. “No início do ano prevíamos que em 2015 o capital chinês representasse cerca de $5 mil milhões em investimento hoteleiro mundial. Na região EMEA até agora são já cerca de $1,9 mil milhões investidos por Jin Jang no portefólio Louvre e esperamos ver mais negócios antes do final do ano.”

Crise financeira Grega não deverá perturbar investimento
Enquanto a Zona Euro trabalha com o governo grego para impedir o colapso financeiro do país, Christoph Härle comenta acerca da recente crise de dívida grega: “Proteger a indústria do turismo na Grécia será importante para aqueles que se sentam em ambos os lados da mesa em Bruxelas. O turismo é uma das principais fontes de rendimento numa economia devastada pela dívida, e no ano passado contribuiu para cerca de 10% do PIB grego”.
“Para os investidores oportunistas, o recente rumo dos acontecimentos representa uma oportunidade para entrar num mercado que irá recuperar logo que se chegue a uma decisão positiva em Bruxelas. Assim que se alcançar um acordo, a confiança deverá regressar quer aos turistas quer à banca em termos de concessão de crédito, o que será um fator positivo para os investidores que pretendem adquirir ativos”.

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