21 outubro 2015

Matosinhos: maior dinamismo da cidade tem beneficiado imobiliário


A vinda de novas empresas e marcas para Matosinhos, bem como uma agenda cultural e de lazer mais dinâmica têm contribuído para um aumento de atividade no mercado imobiliário, sobretudo no segmento não residencial. “Nota-se mais movimentação de pessoas, criação de postos de trabalho e consequente aumento do poder de compra e qualidade de vida”, considera Olga Martins, gerente da Century21 Horizonte, mediadora que atua no concelho de Matosinhos.


Na sua opinião, foi a vinda recente de várias empresas e marcas de retalho para a cidade, entre as quais um call center que gerou mais de 500 postos de trabalho, dois novos supermercados e uma cadeia de fast-food, que esteve na origem de um maior dinamismo em Matosinhos, onde se “tem notado também um grande aumento de atividades, eventos, iniciativas e apoios por parte da Câmara Municipal de Matosinhos”, que, na sua opinião”, ajudam a cidade a ter mais movimento, cultura, arte e lazer”. 


Para Elisabete Silva, da Direção Comercial da ERA Senhora da Hora – Matosinhos, “o aumento de serviços no concelho” tem contribuído para uma maior procura imobiliária, obviamente que, impulsionada também por caraterísticas como “proximidade ao Porto e os bons acessos”. Esta profissional, nota que, “pela primeira vez, em muito tempo, as pessoas começam a ganhar confiança e vontade de arriscar” no imobiliário não residencial – que inclui sobretudo armazéns e imóveis industriais, lojas e escritórios -, o que se nota principalmente por parte “das pequenas e médias-empresas”, refere. A oferta também tem ajudado, com “condições especiais de forma a incentivar a opção de compra em detrimento do arrendamento”. 

Já nesta segunda metade do ano, Olga Martins revela sentir um aumento, ainda que ligeiro, da procura por espaços não residenciais em Matosinhos, frisando que esta procura se dirige sobretudo a lojas, especialmente nas unidades “localizadas nas principais artérias da cidade em que se nota mais esse movimento e a abertura de novos negócios”. 

Também Nuno Marçal, Responsável de Vendas Grandes Imóveis Norte da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp, vê que existe “uma ligeira recuperação no segmento comercial em Matosinhos”, com alguma procura em estabelecimentos comerciais para serviços e restauração, sobretudo, e tendo em conta “as perspetivas de melhoria económica e o aumento do turismo”. Mais especifi camente no segmento industrial, este profi ssional diz mesmo que “armazéns em zonas qualificadas serão de escoamento rápido”. E especifi ca: “na parte de armazéns a procura é grande, quando consideramos os locais mais perto do Porto, como a Circunvalação e outros perto de eixos rodoviários”. 

Na sua perspetiva, a cidade “aproveita muito o facto de ser contígua ao Porto”, usufruindo muito da “deslocação demográfica” advinda daquela cidade, e impondo-se “pela diferença de preço face à oferta disponível a nível de comércio e habitação”. Além disso, diz Nuno Marçal, trata-se de um concelho com “agradáveis locais de lazer – como praias, restaurantes e bares a apenas minutos do centro do Porto”. Na sua opinião, Matosinhos tem caraterísticas muito próprias ligadas ao mar. O seu desenvolvimento está assente na atividade portuária e pesqueira, com alguma indústria e serviços relacionados com essas áreas, desde a vasta oferta de restaurantes de peixe, à reputada indústria conserveira, o segundo maior porto comercial do país e ainda atividades de lazer relacionadas com o mar, como escolas de surf e vela, clubes náuticos, marinas de recreio, entre outros”. 

Campanha tem €4 milhões em venda 

O Millennium bcp está neste momento a promover um campanha comercial que abrange, entre diversos outras cidades em quatro zonas diferentes do país, o concelho de Matosinhos. Aqui, encontra-se em comercialização uma carteira de imóveis detida pelo Banco avaliada em cerca de 4 milhões de euros (valores de venda), sendo mais de 80% desse valor alocado a imóveis não residenciais. Conforme detalhou Nuno Marçal, 36% do valor da carteira de imóveis abrangida pela referida campanha no concelho são ativos de comércio, 32% são armazéns/indústria, sendo os restantes distribuídos entre habitação, escritórios e terrenos. Para quem procura imóveis neste concelho, quer de uso residencial quer de uso não residencial, o Millennium bcp disponibiliza uma carteira com ativos com valores médios de 94 mil euros na oferta residencial e 108 mil euros na não residencial, sendo os argumentos da campanha, os preços com valores “de oportunidade”, um desconto adicional que poderá ser atribuído consoante a data de escrituração e ainda as condições de financiamento. 

Esta campanha, que decorre até 30 de novembro, prevê que, além do preço de catálogo, os imóveis possam ainda ter uma redução de 5% ou 10%, consoante sejam imóveis habitacionais ou não habitacionais, respetivamente, se as respetivas escrituras foram realizadas no mês seguinte ao final da campanha, ou seja, até 31 de dezembro de 2015. As expetativas para as vendas são bastante otimistas. Nuno Marçal revela que nos imóveis de maior valor, especialmente unidades industriais, o objetivo é chegarmos aos 30% (de vendas do total da carteira neste segmento), até “atendendo às particularidades de alguns ativos envolvidos na ação”. Na habitação, a expectativa é “escoar cerca de dois terços da oferta”, revela.

Fonte: Público Imobiliário

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.