31 outubro 2015

Portugal é um novo mercado para as residências seniores de franceses


Os seniores franceses são atraídos a Portugal pelo clima, qualidade de vida, proximidade e pelo regime fiscal favorável aos reformados do setor público. Um número crescente de residências seniores francesas tem interesse em alargar a sua atividade a Portugal. As condições que o país oferece tornam o destino atrativo como país de residência para seniores franceses. Mas, algumas empresas francesas deste setor encaram também investir no nosso país a pensar nos utilizadores portugueses.


Estas conclusões extraem-se de um seminário organizado na semana passada no Porto, por iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa. O evento reuniu vários operadores portugueses e franceses de residências de terceira idade bem como fornecedores e prestadores de serviço da área da saúde.

“Face à elevada participação registada, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa está a equacionar um novo evento sobre este tema” - disse à “Vida Económica” Geraldine Dussaubat, da CCILF.
O clima, a gastronomia, a facilidade de ligações aéreas a França, e os preços atrativos do imobiliário estão a despertar a atenção como alternativa de residência para os reformados franceses. Esta nova atividade tem reflexos diretos sobre os operadores especializados neste setor, mas também se reflete de forma positiva sobre outros setores. A presença de um cada vez maior número de estrangeiros em Portugal está a dinamizar a procura de cuidados de saúde, alargando o mercado dos operadores privados e dos operadores públicos.
Esse aumento da procura é sentido quer em relação aos turistas que visitam o nosso país e necessitam de cuidados de saúde durante a sua estadia, quer em relação aos reformados que optam por fixar a sua residência em Portugal. Álvaro Almeida (na foto) , presidente da ARS Norte, considera que o desafio colocado pelo aumento de estrangeiros está ao alcance dos profissionais portugueses.
A este nível, torna-se determinante a articulação entre os prestadores de cuidado de saúde e os sistemas de saúde dos cidadãos estrangeiros.

Privados movimentam 5.500 milhões de euros

Segundo Luís Ferreira, diretor da Luz Saúde o financiamento privado representa 37% do total das despesas de saúde, o que reflete um aumento significativo face ao nível de 32% que se registava em 2011.
Por outro lado, o Serviço Nacional de Saúde não é sustentável nas atuais condições. Do total de 123 hospitais do SNS, cerca de metade está em falência técnica.
Existe também um crescimento elevado dos seguros de saúde, com um aumento de 4,9% dos prémios no primeiro semestre de 2015.
Apesar de o SNS ser universal e tendencialmente gratuito, quase dois milhões de pessoas estão cobertas por um plano complementar de saúde. É o caso da ADSE onde os prestadores de serviços são maioritariamente privados, com um subsistema financiado apenas com as contribuições dos funcionários públicos.

Fonte: VidaEconómica

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