O capital médio em dívida nos empréstimos assinados nos últimos três meses ascendeu a 85.251 euros, em Outubro. Completou 10 meses consecutivos de aumentos. O capital médio em dívida nos créditos à habitação em Portugal tem vindo a recuar. Mas a tendência não é a mesma se falarmos dos contratos dos últimos três meses. Neste caso, o montante em divida, ou seja, o que é solicitado nos novos empréstimos, está em níveis anteriores à chegada da troika.
O capital médio em divida nos empréstimos assinados nos últimos três meses ascendeu a 85.251 euros, em Outubro, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta terça-feira, 24 de Novembro. Com esta evolução completou dez meses consecutivos de aumentos. O valor dos novos créditos está mesmo no nível mais elevado desde Fevereiro de 2011, meses antes da chegada da troika a Portugal.
Este crescimento reflete, por um lado, a maior confiança dos portugueses, que os leva a solicitar valores mais elevados. Por outro, traduz a crescente abertura das instituições financeiras na concessão de cada vez mais créditos, de valores mais avultados. A menor restritividade vê-se no rácio entre o que é pedido e a avaliação do imóvel, mas também nos "spreads" que estão, em regra, abaixo de 2%. Os mais baixos são de apenas 1,75%.
Menos dívida
O aumento do valor dos novos créditos acontece numa altura em que o capital médio em dívida no total dos créditos contraídos para a compra de casa está a afundar. Caiu em Outubro para os 52.248 euros, recuando pelo 17º mês consecutivo. Esta evolução está relacionada com a maior amortização de capital que as baixas taxas de juro têm permitido. A prestação média é de 239 euros, atualmente. Deste montante, quase 78% amortiza capital e apenas 22% serviu o pagamento de juros.
Fonte: Negócios
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.