Desde fevereiro que o índice dos preços da habitação manifesta uma trajetória de estabilização, apenas interrompida no mês de junho por uma quebra mensal de 1%. Os preços das casas em Portugal Continental estabilizaram em julho face ao mês anterior, de acordo com os dados provisórios do Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, apurado com base em informação sobre vendas proveniente do SIR - Sistema de Informação Residencial.
Já segundo o Instituto Nacional de Estatística, o índice de preços da habitação registou um aumento de 0,8% entre janeiro e março deste ano face ao mesmo período de 2014. Esse número corresponde também a uma descida de 1.4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, período em que tinha sido observado um aumento de 2,2%.
Contudo, desde fevereiro deste ano que o índice de preços manifesta uma trajetória de estabilização, apenas interrompida em junho, altura em que se registou uma quebra mensal de 1%.
O conjunto de empresas de promoção e mediação imobiliária que integram o SIR - Sistema de Informação Residencial reportou ainda que, entre o terceiro trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2015, foram realizadas 5.309 transações de imóveis residenciais na Área Metropolitana de Lisboa, a região mais dinâmica do país.
Sintra é o concelho mais barato da região de Lisboa
Cerca de 40% dessas transações ocorreram no concelho de Lisboa, a um preço médio de venda de 1.971 euros/m2. Sintra, Cascais e Oeiras foram os concelhos que se seguiram, com quotas entre 7% e 9% do total das vendas.
Em termos de preço médio de venda, Cascais e Oeiras foram os concelhos mais caros da região no 2.° trimestre de 2015 - a seguir a Lisboa, o concelho da Área Metropolitana com preços mais altos -, com valores de 1.548 euros/m2 e 1.334 euros/m2, respetivamente.
Já em Sintra este indicador atingiu um valor bem mais reduzido, na ordem dos 829 euros/m2, apenas 42 % do preço médio praticado na capital e quase metade em relação a Cascais.
Quanto à diferença entre o preço médio de venda e o valor médio da oferta disponível na Área Metropolitana de Lisboa - o chamado price gap -, foi bastante notória no segundo trimestre de 2015. É um sinal negativo para o setor, indicando que o preço pelo qual os imóveis foram transacionados foi bastante inferior ao valor médio da oferta disponível no mercado no mesmo período.
Entre os quatro concelhos mais representativos da Área Metropolitana de Lisboa no período em estudo, o price gap foi menor nos mercados de Cascais e Oeiras onde esse indicador se fixou em -20 % e -22 % respetivamente. Já em Lisboa, a diferença entre o preço médio de venda e o valor da oferta atingiu os -28%, e em Sintra - o concelho mais barato - alcançou os -31% .
Fonte: SOL
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