16 dezembro 2015

Habitação. Casas em Lisboa e no Porto voltam a ficar mais caras


Interesse por parte de estrangeiros faz com que os preços continuem a subir. No entanto, esta subida apenas se verificou nas grandes cidades. O aviso foi deixado em Abril deste ano, altura em que os responsáveis das imobiliárias garantiam que os preços das casas nas zonas históricas de Lisboa e do Porto iam continuar a subir devido ao aumento dos serviços causado pelo crescimento do turismo e, principalmente, pela procura internacional. E foi, efectivamente, o que aconteceu.


Os preços das casas nestas duas cidades cresceram exponencialmente desde o ano passado. O motivo? O interesse por parte de estrangeiros fez com que os preços disparassem. No entanto, este aumento verificou-se apenas nas grandes cidades já que, fora delas, o mercado permanece estagnado.

De acordo com declarações recentes de Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP), 2015 afigurou-se como um ano em que a valorização das casas, em algumas zonas de Lisboa e do Porto, “foi até excessiva”.

Esta recuperação já se tinha começado a fazer sentir em 2013 e continuou até este ano. Mas esta tendência não se registou apenas em Portugal. 

De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat em Julho, o preços das casas subiu 0,3% na zona euro e 0,6% na União Europeia no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período de 2104. Já em Portugal, os valores subiram nestes três meses 0,8%. 

As maiores subidas, entre os Estado-membros, em termos homólogos, registaram-se Na Irlanda, Suécia, Hungria e Reino Unido, enquanto as quedasse registaram principalmente na Letónia, Itália e França.

Tendência para continuar 

As subidas deverão continuar nos próximos em anos. De acordo com as contas da agência de rating Standard & Poor (S&P), divulgadas em Agosto deste ano, esta tendência vai manter-se principalmente devido ao investimento estrangeiro e a explicação não podia ser mais simples: a recuperação económica e o aumento do interesse estrangeiro faz com que os preços continuem a aumentar. Além de haver ainda, de acordo com a agência, mercado para crescer. Mas desengane-se quem pensa que esta tendência é uma novidade. Já em Maio, o preço médio a que os bancos avaliam as casas quando chega a altura de concederem crédito representou a maior subida desde Agosto do ano Passado. 

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor médio nesse mês para o total do país foi de 1.026 euros por metro quadrado.

As zonas mais caras Os preços ganham destaque na Avenida da Liberdade, em Lisboa, e na dos Aliados, no Porto. De acordo com o estudo Business Brief da Cushman & Wakefield, são avenidas cada vez mais procuradas pelo mercado de luxo. Os valores de mercado traduzem-se exactamente nesta evolução do sector. A zona do Chiado, em Lisboa, é a mais cara em Portugal, com um custo médio de 97,5 euros (m2) por mês.

Recorde-se que a Avenida da Liberdade, conta com 77% do mercado de luxo da capital portuguesa. Até porque, de acordo com este relatório, em quatro anos abriram em Lisboa 37 novas loja de luxo. 

Já a zona dos Clérigos, no Porto, conta com um total de 80 lojas de luxo, que representa 15% do retalho total desta cidade.

O relatório da Cushman & Wakefield garante ainda que já se sente um alargamento do eixo de luxo às ruas adjacentes à Avenida da Liberdade, “o que cria novas oportunidades” e uma situação de “maior dinamismo”.

Fonte: iOnline

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