18 janeiro 2016

Airbnb já trouxe a Portugal um milhão de hóspedes em 2015


A plataforma de reserva de alojamento garante a aposta no mercado português. Lisboa já figura no top 10. O número de viajantes que utilizam a Airbnb – plataforma ‘online’ que nasceu há cerca de oito anos em São Francisco e que permite aos viajantes reservar alojamento junto de particulares – para chegar a Portugal não pára de crescer.


Em 2015 o país recebeu cerca de um milhão de hóspedes em alojamentos inscritos pelos anfitriões nesta plataforma, mais 600 mil face a 2014. Este cenário ajudou a colocar Portugal no 11º lugar em termos de anúncios inscritos e Lisboa no décimo lugar entre as cidades a nível mundial com 12 mil registos de propriedades. Em entrevista ao Económico, o director-geral para Portugal e Espanha da Airbnb, Arnaldo Muñoz realça que, “em 2015, é importante verificar que houve, no acumulado entre Janeiro a Dezembro, um milhão de pessoas que chegaram Portugal com a Airbnb. É um número espectacular”.


À data de hoje o gestor contabiliza 34 mil anúncios de alojamento em Portugal inscritos na plataforma, sendo que um anfitrião pode ter mais do que um anúncio. Neste número, há que ter em conta que 70% dos anfitriões só têm um anúncio e os restantes 30% têm mais de um anúncio. Lisboa é responsável por 13 mil registos de propriedades, o Porto com 3.700 – mais 90% face a 2014 –, sendo que o Algarve, Peniche e Madeira figuram também na lista das regiões mais procuradas.

O custo médio por noite de um alojamento registado na Airbnb nas principais cidades portuguesas é de 75 euros em Lisboa e 62 euros no Porto.

Face a este desempenho, Arnaldo Muñoz salienta que quando “se consegue um número tão alto num produto como a Airbnb o que sobressai é que Portugal é um destino turístico tem muito a ver com o que procura o viajante da Airbnb”. E lembra que a plataforma tem o impacto de descentralizar o turismo, já que permite aos viajantes viver e visitar o país como se fossem residentes locais e conhecer zonas das cidades que não são os tradicionais pontos turísticos.

Os cinco principais mercados emissores de viajantes Airbnb para Portugal são: França (24,8%), Alemanha (10,5%), Reino Unido (9,3%), Espanha (9,1%) e Estados Unidos (6,8%).

Para Arnaldo Muñoz um dos factores do sucesso que a empresa tem registado no mercado português resulta de o Executivo ter definido como eixo de crescimento do turismo a aposta em reforçar a promoção junto dos viajantes que chegam através do digital ou de plataformas colaborativas. “Esta decisão do Governo português é um dos factores que ajudou a Airbnb a ter a força que tem em Portugal neste momento”, garante.

Depois de já ter conquistado um desempenho já significativo em Portugal, o director-geral da Airbnb sublinha que “o mecanismo de crescimento no futuro é manter a qualidade do produto, isto para que as pessoas falem bem do serviço e, ao falarem bem, haja mais gente a usar a Airbnb para esta possa crescer”. A marca que, por norma, não aposta em campanhas publicitárias tem no passar a palavra e no boca-a-boca o maior trunfo para garantir a notoriedade.

Do lado dos anfitriões, Arnaldo Muñoz reforça a ideia que estes devem perceber que são “tratados como particulares que estão a colocar parte da sua casa à disposição de viajantes”, sendo fundamental “manter um quadro regulatório que evite que sejam tratados como empresas e que não os obrigue a cumprir com várias componentes de regulamentação. Caso sejam tratados como empresas “seria matar a iniciativa privada, até porque 50% das pessoas que colocam a sua casa na Airbnb querem continuar na sua habitação, mas querem uma ajuda para pagar, por exemplo a hipoteca”.

Fonte: Económico

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